terça-feira, 25 de julho de 2017

CAMPEIRAS PEÃO E GURI

Provas campeiras de galpão

Cevar o mate

Abordar a simbologia do mate para o gaúcho

Historia: antes dos primeiros jesuítas chegarem ao Rs já se tomava mate
Com os indígenas, alguns indignas como os pampianas que deram origem aos peões de estância sorviam o mate sem a bom no caso a taquapi dos guaranis, eles mastigavam a erva junto com a infusão e nem sempre a água estava quente.
Lenda da erva mate rápida sem floreio.
Fazer o mate
Avios do mate e suas partes
Cambona é primitiva e rudimentar Tropeiros
Chicolateira é mais moderna tem tampa e alça
Falar dos tipos de bomba
Tipo de erva missioneira e pura folha
Falar dos tipos de cuia e como se faz a cuia, é um fruto, se limpa as sementes etc..  bago de touro  outras e como curtir com erva cachaça...
Pode fazer o mate com a erva molhada na região das missões eles colocam a erva molha um pouco com água fria e depois ajeita com a bomba.
Fazer o mate com muita erva mate curto
Fazer o mate com pouca erva mate longo... fica a gosto de quem vai fazer.
Fazer o mate....dica se na hora de tampar a bomba a água não descer o mate entope
Gospe o mate  OBRIGATÓRIO..EXPLICA DO MATE DOS PINTOS E DO VENENO... CEVADOR
Explicar como funciona o roda de mate.. e se chegar uma pessoa e se quer homenagea-la se entrega o mate primeiro a ela depois se completa o fluxo da roda.
O que é mate tamanqueado?
Falar do processamento da erva mate
Tamanqueador pessoa que coelhe a erva
Sapeco
Carijó
Barbaqua
Curiosidades
Tipos de mate com mel. Sal. friu
Ditados do mate joão cardoso, mate de estribo, mate tamaqueado, etc.. mate pealado, lavado, como fazer pra aproveitar o mate lavado, mate virado.. mate encilhado
Mandamento do mate  só uns 3
 A palavra chimarrão é de origem espanhola e quer dizer chucro com o gado chimarrão que se alastrou na vacaria dos pinhais.
NÃO DIZ E FICO A DISPOSIÇÃO DOS SENHORES PARA PERGUNTAS, OFERECE O MATE PARA UM SÓ, ELE QUE VAI TOMAR... SEJA ESPONTANEO.








CHARQUE
COMEÇA FALANDO QUE QUE PRECISA PARA FAZER O CHARQUE..
Gamela, faca e carne que pode ser qualquer uma e sal se a carne tem osso se tira o osso.
A produção de charque em escala industrial veio com a primeira charqueada do rs em pelotas em 1780 a charqueada  SAÕ JOÃO DE  JOSÉ PINTO MARTINS

Foi a principal fonte de renda da época e era produzida por mão de obra escrava e servia para a alimentação dos escravos de todo o império.
O charque nada mais é que a conservação da carne com o sal, pois antigamente não existia refrigeração.
Importante falar que o alto imposto do charque gaúcho ajudou a efervescer os ânimos dos revoltosos em 1835, na guerra dos farrapos.
O outro nome das charqueadas é saladeiro.
Pratica.  
Abrir o charque em manta fina, branquear de sal,
Para fazer a manta vaio se abrindo a carne e tombando para os lados até ficar fina.
Enrolar para tirar o suco e deixar de um a dois dias na gamela, sempre revisando e tirando o suco e trocando de lado.

Estender cedo da manha e retirar antes do sereno lugar alto, é estendido na taquara ou madeira até secar varia de 3 a cinco dias, charque deve ficar na sombra.

Se pegar vareja, se tira o ninho com a faca e coloca sal novamente
Cuidar os buracos na manta

 O charque é a pratica!!!!


Churrasquear

É uma contribuição indígena, é o prato típico do gaúcho e é a carne assada com lenha, mas pode ser carvão também.
Baseando-se no fogo de chão, espeta o mais grosso pra cima onde a aparte mais fina fique para baixo pois o calor sobe homogeneamente parelho, espeta costurando a carne se ela tiver pendendo pros lados, se não pode fazer reto.
 Espeto de madeira arvore frutífera, não pode ser de arvore leitosa. Pitangueira.
Espeta
Salga na gamela e não esfrega  o sal na carne se joga o sal, pois não é charque. Se tiver sal demais depois de assada se bate no espeto. Não na carne.
Sempre que for assar cuidar o lado do vento

Falar dos tipo de churrasco
 no século 17. Era feito em um buraco no chão e a carne temperada com cinza. Com o tempo novas técnicas foram aperfeiçoando o preparo do churrasco.

 Pode se assado com o couro
Pode ser assado no buraco
E no chão Hoje a maioria é na churrasqueira pela praticidade mas o bom é o churrasco no fogo de chão .
 Poncho
EMALAR O PONCHO

Deve ser rápido... emalar rápido e falando

Origem indígena era de couro primitivo com o nome de curupi ou caiapi
Hoje o que usamos é europeu, também temos o poncho pátria e o surgimento das capas rener, que a diferença é que tem buraco pra por as mãos.

Ele serva para a proteção da chuva friu e vento, não se emala poncho em dia de chuva se usa o poncho em dia de chuva, pois o gaúcho coloca ele antes do tempo cair.

 Pq emalar o poncho com a baeta pra fora, para a proteção da parte impermeável, e se houver acidente é mais fácil trocar a baeta do que o poncho inteiro pois é uma peça muito cara. O poncho original é corte godê ou seja de 36 graus, os que são vendidos agora é corte oval.

Após o uso do poncho estender com a baeta pra fora em um galpão, no sol ou ate mesmo no cavalo. Por que estender com a baeta pra fora, porque ela escorre e fica seca depois se precisar pra se tapar é melhor.
 O poncho também servia de escudo quando em guerra o indígenas se protegem das boleadeiras com o poncho.
 Partes do poncho... a baeta que é a parte vermelha a gola e a parte impermeável preta.

Cuidar para o cavalo não se assustar quando for desemalar o poncho e colocar, se der tempo descer do cavalo e colocar o poncho é uma opção. Depende do cavalo.

Mostrar como se tira da mala e colocar na frente da comissão.






Equinos e Encilha
Os cavalos foram introduzidos na América do Sul pelos portugueses e espanhóis, depois do descobrimento. Na região sul especialmente na Argentina, Uruguai e no Rio Grande do Sul, os cavalos foram introduzidos pelos espanhóis apartir do ano de 1536 e foram se reproduzindo e se espalhando ao ponto de que, wm 1580, já havia manadas de cavalos chimarrões (xucros) tanto no pampa uruguaia quanto no pampa gaúcho. Quando chegaram os padres jesuídas em 1626 já encontraram índios charruas e minuanos montados em cavalos.
A atividade pastoril dos gaúchos, tendo no gado a sua principal riqueza, só foi possível graças a utilização do cavalo. Nas guerras de fronteira o cavalo, desempenhou igualmente, papel fundamental.
Para o gaúcho primitivo o cavalo era importante e  imprescindível ao ponto de não se entender o gaúcho da campanha apartado do seu cavalo.
Existem muitas raças de cavalo como: Inglês, Árabe, crioulo, Quarto de Milha, Manga Larga, e Percheron. O cavalo crioulo é resultado da mescla de raças que vieram da Europa, e ele apresenta características bem relevantes para a lida de campo do homem gaúcho.
Pelagens
Os tipos de pelagens são diversos, dependendo da raça, apresentam diversas variações. Este artigo pretende mostrar as pelagens no geral, independente de raça.
Na resenha do potro ao pé da mãe, que é a primeira verificação do animal por um técnico credenciado da associação são identificados sinais caracterísiticos do cavalo como por exemplo, estrelas na cabeça e olhos azuis, que são marcas que não vão ser alteradas no desenvolvimento do animal. Também é feita uma indicação de pelagem.
Somente a partir dos 2 anos de idade, quando o animal é apresentado para a confirmação, é que fica registrada definitivamente a pelagem do animal. Isso ocorre porque a coloração do pêlo muda até os dois anos, por exemplo, os tordilhos, nascem escuros, alguns pretos, o que se altera com o desenvolvimento do animal. Esse processo de resenha e confirmação é baseado nas regras da raça Crioula (ABCCC), podendo variar conforme cada Associação de raças.
As pelagens básicas se constituem em: Alazão, Baio, Branco, Cebruno, Colorado, Douradilho, Gateado, Mouro, Oveiro, Picaço, Preto, Rosilho, Tobiano, Tordilho e Zaino.
Pelagens Compostas:
Alazão chamalotado ou apatacado: Quando tem manchas mais claras e arredondadas.
Alazão dourado: O típico com reflexos do ouro.
Alazão típico: O que tem a cor da brasa ou da cereja.
Alazão ruano: Quando tem a cauda e crina claras.

Branco albino, melado ou rosado: Quando há uma despigmentação congênita, inteira ou parcial, das pestanas e da íris. Sua pelagem tem reflexos rosados. É sensível ao sol.
Branco porcelana: O que tem manchas pretas, as quais, por transparência, por meio dos pêlos brancos, produzem reflexos azuis da porcelana.

Baia – pelagem creme amarelada, com brilho e bastante variações. Conhecida como a cor do trigo maduro.
Baio branco ou claro:É uma tonalidade de creme desmaiado.
Branco mosqueado:O que leva pelo corpo, em forma irregular, pontos pretos do tamanho de uma mosca.
Baio achamalotado ou apatacado: Quando apresenta manchas redondas e mais claras do que o resto do corpo.
Baio amarelo: É como uma gema de ovo, quando estendida numa porcelana branca.
Baio encerado: Quando tem a cor mais escura, parecendo-se com a cera virgem.
Baio cabos negros: Quando tem as extremidades dos membros, da cauda e a crina escuras.
Baio cebruno: Também escura, levando no corpo manchas mais escuras do que o baio encerado.
Baio dourado: quando tem reflexos do ouro.
Baio ovo de pato: Quando tem uma cor amarelado creme. Sua crina, cauda e cascos também são cremes.
Baio ruano: é um baio com a cauda e crina claras.
Cebruno ou barroso: Com a tonalidade mais escura do que a do baio cebruno,
parecendo-se com a cor do elefante.


Colorada – Pelagem de capa e pêlos vermelhos, podendo ter alguns pêlos pretos e manchas brancas nos membros e na cabeça.
Colorado típico: É avermellhado com o tom claro.
Colorado pinhão: Tem a cor do pinhão.
Douradilho: É um colorado desmaiado com reflexus dourados.
Douradilho pangaré:É o que tem o focinho, axilas e ventre mais claros.

Gateada – pelagem de muitas variações. Apresenta predomínio do amarelo mais escuro que o baio, e uma linha escura da cernelha até a cola.
Gateado típico: É um baio escuro acebrunado nas quatro patas e com uma linha escura, que vai da cernelha à garupa, com aproximadamente dois dedos de largura.
Gateado osco ou pardo: É mais escuro que o típico, assemelhando-se ao gato pardo.
Gateado pangaré: O que tem o focinho, as axilas e o ventre com a pelagem mais clara.
Gateado ruivo: O que tem a cauda e a crina aproximada a cor do fogo.

Lobuna – pelagem que lembra pêlo de rato, cor de cinza. Apresenta uma linha escura da cernelha até a cola.
Lobuno claro: Quando se parece com a plumagem de uma pomba.
Lobuno escuro: Quando mais escuro do que o lobuno claro.

Moura – pelagem de capa preta com difusão de pêlos brancos. Tem cabeça, patas, crinas e cola negras.
Mouro negro: Se parece com o tordilho negro, com tonalidade azulada.
Mouro claro: É um gris azulado.

Oveira – apresenta manchas brancas assimétricas, espalhadas por todo o corpo.
Oveiro bragado: Quando em qualquer pelagem portam manchas isoladas no baixo ventre.
Oveiro chita: É overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.
Oveiro de índio: Qualquer pelagem com manchas de tamanho médio.
Oveiro chita: É overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.
Oveiro azulego:É um mouro claro com manchas brancas.

Picaça – a base é a preta, mas apresenta partes significaticas de branco através de mancha branca na cabeça, e pelo menos, uma das patas também branca.

Preta – pelagem toda preta. Alguns crioulos apresentam pequena estrela na cabeça.
Preto típico: Tem a tonalidade semelhante ao carvão.
Preto azeviche: Preto vivo com reflexos brilhantres.
Rosilha – pelagem de capa avermelhada, com mistura de pêlos brancos esparsos que não chegam a formar manchas específicas.
Rosilho abaiado: Quando tem pelos amarelados entre o vermelho e o branco.
Rosilho claro ou prateado: Quando predominam os pelos brancos sobre os vermelhos.
Rosilho colorado: Quando predominam os pelos vermelhos sobre os brancos.
Rosilho gateado: É um gateado com pelos brancos.
Rosilho mouro: É uma mescla entre pelos vermelhos, brancos e pretos.
Rosilho overo: Quando dentro da pelagem rosilha tem manchas brancas.
Rosilho tostado: Quando tem pelos tostados em lugar dos vermelhos.
Tobiana – pelagem que apresenta manchas completamente brancas, de diferentes formatos.
Tobiano baio: É um baio nas mesmas condições dos demais tobianos.
Tobiano colorado: É um colorado nas mesmas condições do tobiano negro.
Tobiano negro: É um preto com manchas brancas grandes divididas com o preto.
Tobiano gateado: É um gateado nas mesmas condições dos demais.

Tordilha – pelagem que se divide entre pêlos brancos e pretos, que tendem a clarear com o desenvolvimento do animal
Tordilho claro: Quando tem predominância de pelos brancos.
Tordilho negro: Predomina os pelos pretos. Com a idade vai se tornando claro.
Tordilho chamalotado ou apacatado: Quando com manchas arredondadas mais claras.

Tostada – pelagem de um amarelo muito escuro, puxando para o vermelho que pode ser comparada com a cor do café torrado.
Zaina – pelagem marrom avermelhada escura com alguns pêlos pretos, lembrando muito a cor do pinhão.
Zaino claro: Da cor da castanha.
Zaino negro: Como a castanha mais escura.
Outros detalhes de pelagens:
Bragada – pelagem que apresenta manchas brancas isoladas principalmente no ventre. Varia sobre todas as pelagens, preta, zaina, gateada, baia, moura, etc
Melado – São animais albinos. Albinismo não é uma pelagem, mas sim a ausência dela, ou seja, o organismo tem a incapacidade de produção de pigmentos melânicos.
Salgo – olhos azuis, que quando presentes, um ou os dois, aparecem na descrição da pelagem dos animais.
Entrepelado: O que tem uma mescla de pelagens diferentes, formando assim um total indefinido.
Pangaré: Quando descolorido em algumas regiões do corpo, sobretudo nas partes inferiores, destacando-se nas axilias, focinho e ventre, seu descolorido se assemelha a cana da Índia.
Rabicano: Quando nas caudas escuras tem pelos brancos na sua base.
Arreios – conjunto de peças com que se arreia, encilha, um cavalo para montar. São peças dos arreios:
Lombilho – é a peça principal dos arreios. É uma espécie de sela, muito parecida com o serigote;
Serigote – é uma espécie de lombilho, mas diferente na cabeça e nos bastos;
Basto ou Bastos – é um lombilho de cabeça muito pequena;

 

Bastos ou Basteiras – são as partes acolchoadas e paralelas do serigote ou lombilho, que assentam no lombo do cavalo;
Baixeiro, enxergão, xergão, xerga ou suadouro – tecido de lã, grosso, de forma retangular, que é colocado sobre o lombo do animal, por baixo dos arreios;


Carona – peça constituída de sola de couro, de forma retangular, geralmente composta de duas partes iguais, a qual é colocada por cima do baixeiro, ou xergão, e por baixo do lombilho, e cujas abas são mais compridas que as deste;
Cincha – peça que serve para firmar o lombilho ou o serigote sobre o lombo do animal. É composta de travessão – peça retangular de couro, com uma argola em cada extremidade, a qual é colocada sobre o lombilho, no local em que se senta o cavaleiro -, de barrigueira – uma espécie de trama de barbante ou tira de couro, com uma argola em cada extremidade, que presa ao travessão pelos látegos cinge o cavalo pelo lado da barriga -, de látego – parte da cincha, constituído de uma tira de couro cru devidamente sovada, com três ou quatro centímetros de largura e mais de um metro de comprimento, a qual, presa a uma das argolas do travessão o une à argola da barrigueira, para apertar os arreios no lado de montar, à esquerda do animal –, e de sobrelátego – tira de couro semelhante, que fica do lado de laçar, lado direito do cavalo;

 
Barrigueira

Pelego – é a pele de carneiro ou ovelha, com lã natural ou tingida de vermelho ou amarelo, de forma retangular, colocado - um ou mais - sobre os arreios, para tornar macio o assento do cavaleiro.


Coxonilho – tecido de lã, tinto geralmente de preto, que é colocado sobre os arreios, para cômodo do cavaleiro;
Badana – pelo macia e lavrada, que pode ou não se colocada na encilha, por cima dos pelegos ou do coxonilho, se houver; 
Sobrecincha – peça constituída de tira de couro ou sola, utilizada para apertar os pelegos ao lombilho;
Peitoral – peça colocada no peito do animal, presa à cabeça dianteira do lombilho;
Peiteira - é a tira de couro colocada no parelheiro (cavalo de corrida, preparado para as disputas de carreiras), fazendo as vezes do peitoral, na qual o corredor pode segurar-se durante a corrida; a peiteira é também chamada, comumente, de peitoral e vice-versa;
Rabicho – peça colocada por baixo da cola do animal, presa aolombilho;
Freio – embocadura metálica presa às rédeas e inserida na boca do animal, servindo para dar-lhe a direção, diminuir ou parar-lhe o movimento;



Rédeas – longas tiras de couro, ligadas à embocadura, as quais permitem ao cavaleiro dirigir a montaria. Chama-se Cana de Rédea a tira de guasca (couro) de cada uma das rédeas, as quais podem ser trabalhadas, trançadas ou torcidas;
Cabeçada – peça do couro, que prendendo-se à cabeça do cavalo, passando por detrás das orelhas, serve para segurar-lhe o freio na boca;
Buçal – espécie de cabresto com focinheira, de couro, que é colocado na cabeça e no pescoço do cavalo;
Buçalete – é um pequeno bucal; um cabresto aperfeiçoado;
Cabresto – peça de couro que é apresilhada ao bucal ou buçalete, utilizada para pegar o cavalo, no pasto, ou para cabresteá-lo, puxá-lo;
Maneia – peça constituída de dois pedaços de couro ligados por uma argola, que serve para prender as patas do animal, ligando uma à outra, a fim de que o animal não possa fugir; cada um dos pedaços de couro formadores da maneia têm um furo em uma das extremidades e um botão na outra, envolvendo, como se fosse uma pulseira, a canela do animal maneado;


Mala de poncho – peça de couro, lona ou brim, em que se envolve o poncho enrolado, quando não está em uso, a fim de carregá-lo nos tentos, por trás da cabeça posterior do lombilho, descansando na garupa do animal;
Estribos – peças de metal com a forma de uma argola alongada, que servem para o cavaleiro firmar o pé, no momento de alçar a perna para montar (estribo esquerdo), e, depois, para firmar pés e pernas, quando montado, proporcionando o equilíbrio necessário, servindo, também, para sustentar-lhe o corpo no momento de bolear a perna, ao desmontar.


Observações:

1. Muitas vezes os arreios servem de cama para o gaúcho. Nos pousos, durante as viagens, os pelegos são usados como colchão, o lombilho como travesseiro, a capa, o poncho ou o pala como cobertor, e o chapéu como cobertura para o rosto. Ainda hoje, nas pescarias a cavalo, nas viagens a serviço ou em cavalgadas muito longas, assim procede o gaúcho ao acantonar para o repouso noturno.



2. Todo o gaúcho, especialmente o tradicionalista, deve atentar para a autenticidade do arreamento tradicional dos campeiros sul-rio-grandenses. O couro deverá prevalecer nas peças do arreio, evitando-se as de nylon, borracha, esponja, metal, cores fortes e quaisquer outros materiais que venham a ferir o Tradicional Jeito Gaúcho de Encilhar um Cavalo. Sabe-se que as selarias de hoje já estão mais "countries" e platinas do que gaúchas sul-rio-grandenses e representativas dos artigos de uso campeiro do gaúcho sul-brasileiro. Assim, as selas importadas e os apetrechos de outros materiais que não o couro devem ser evitados, em respeito à Tradição dos Gaúchos Campeiros do Pampa do Rio Grande do Sul.
OS CUIDADOS COM O CAVALO

Boca – a saúde do cavalo depende, também, do bom estado de seus dentes. Muitos animais, ao serem mantidos confinados, não mais praticam a mastigação no pasto. Desenvolvem, por isso, dentes maiores, mais altos, podendo formar pontas afiadas, que causarão lacerações nas bochechas e língua. Caso isso ocorra, essas pontas de dentes afiadas devem ser grosadas, limadas, evitando-se, assim, que ocorram cortes nas bochechas e língua, e a formação de feridas e úlceras extremamente dolorosas para o cavalo. Da mesma forma, os dentes molares podem, quando desalinhados, formar ganchos parecidos com anzóis, os quais, caso não corrigidos, poderão ficar muito alongados e penetrar no palato, no céu da boca do animal.



Com o fim de se evitar esses e outros problemas, o ideal é que sejam realizados no cavalo exames odontológicos periódicos, com profissionais especializados.

Já o freio, embocadura que possui o formato de uma letra ômega, é constituído de duas pernas, que funcionam como alavancas no seu funcionamento, o qual se dá dessa forma: quando são puxadas as rédeas, para que o cavalo pare ou diminua a marcha, a embocadura – o freio - gira e encosta no céu da boca do cavalo, com maior ou menor pressão, de acordo com a força empreendida no ato do puxamento das rédeas. E essa ação do freio será tanto maior quanto forem os comprimentos das suas pernas - ou bocal -, tornando-o cada vez mais severo, sendo essa condição também conhecida por “freio pesado”. Portanto, deve-se evitar ao máximo os sofrenaços – puxões fortes nas rédeas para fazer o cavalo parar ou diminuir a marcha.



Cascos – As bases da sustentação do cavalo são seus cascos, por isso eles devem estar em condições plenas de permitir ao animal o bom desempenho da sua função, como transportador do Homem. Dessa forma, a aparação dos cascos, da ranilha e o ferrageamento correto são importantíssimos na manutenção da saúde do cavalo, devendo ser executados, de preferência, por profissionais capacitados da área.



Conselhos:

1 - Respeites a condição anatômica ideal do teu cavalo;
2 - Conheças o ângulo da paleta e procures aparar o casco monitorando o serviço com um gabarito angulador de casco;
3 - Desconfies do profissional que diz ter olho clínico e que não apresenta maiores conhecimentos de sustentação e locomoção;
4 - O erro de apenas 1 grau representa muitos quilos a mais nos tendões flexores do teu cavalo;
5 - O cuidado consciente da aparação e do ferrageamento aumenta a performance do animal e diminui o risco de afecções;
6 - Devolvas, sempre, o verniz raspado pelas ferramentas de aparação. Use o Cascotônico que devolve o verniz, tem ação lubrificante, bactericida, incentivadora do crescimento e de renovação da matéria córnea do casco e ranilha;
7 - Escolhas as ferraduras e cravos que atendam às necessidades do cavalo, obtidas por uma aparação adequada dos cascos.

Como encilhar:
BUÇAL: Lembrem-se, a primeira parte da encilha é o buçal. Sempre pegar o cavalo pelo cabresto. É errado colocar o freio antes de qualquer parte da encilha e também segurar e amarrar o pingo pela rédea. Uma boa escova antes de começar a encilha deixa o pelo mais bonito e ajuda a tirar graveto que ficam no lombo do cavalo ocasionando um possível ferimento.
FREIO: Sempre coloquei por segundo, pois quando se coloca o freio o cavalo sente que o peão já tem domínio sobre ele e se aqueta.
BAIXEIRO/XERGÃO: A primeira peça que vai no lombo do cavalo, de lã de ovelha que serve pra confortar os arreio no lombo do cavalo.
CARONA: É usada depois do baixeiro, com a finalidade do suor do cavalo não passar pro basto, evitando um possível apodrecimento.
BASTO: O basto é um dos arreios mais usados, é bem simples, composto por costura, cabeça e os bastos. Tem uma parte que é conhecida como estribeira, espelho e travessão, já ouvi estas últimas duas em diferentes partes do Estado, pendurado na argola do espelho estão os loros e abaixo os estribos.
CINCHA: Composta por travessão, barrigueira, látego (para apertar) e sobrelátego (para regular) na barriga do cavalo. Peonada, não coloquem a barrigueira muito pra frente porque pode assar, e nem muito pra trás, porque além de tirar o fôlego do cavalo pode correr para trás e afrouxar os arreios. Deixem a barrigueira no “osso do peito” do cavalo.
PEITEIRA: Antes de apertar  a Cincha, coloca-se a peiteira e prende-se ela nas argolas da cincha. Esta peça é usada geralmente em regiões onde o relevo é mais acidentado, como a Serra Gaúcha, com a finalidade dos arreios não correr para trás.
RABICHO: O rabicho é uma peça antiga e pouco conhecida, porém, bem simples, enquanto a peiteira não deixa os arreios correr para trás, o rabicho não deixa correr para frente, é apresilhado no basto e passa por baixo da cola do animal.
PELEGO: Usado bastante o preto da ovelha crioula, que serve pra um maior conforto pro peão, bom lembrar que antigamente o pelego serviu de colchão pros antigos tropeiros, e ainda serve.
BADANA: Peça de couro utilizada mais no verão, que serve para não esquentar muito, e também usada antigamente quando iam para bailes ou missas para não ter na roupa fios do pelego.
SOBRE CINCHA: Composta também por travessão, barrigueira, látego e sobrelátego e cinchador (esta peça que diferencia a cincha) é ali onde é apresilhado o laço do peão, só para salientar mesmo, o antigo cinchador é um couro e uma argola na ponta preso na argola da cincha, hoje em dia é comum ver uma peça chamada “destorcedor” no lugar do cinchador onde facilita pra destorcer o laço. Lembrem-se de no entrevero explicar o que é realmente um cinchador.
LAÇO: O gaúcho de antigamente, não saía de casa sem seu laço, ate o laço no tento do basto, empurre para o lado de laçar, apresilhe a presilha no cinchador.
De mango na mão, espora  e chapéu puxe o cavalo pra dar uns passos, veja se não afrouxou os arreios, bote a ponta da bota de estribo, alce a perna e monte!
Lembrem-se sempre de usar a forma mais antiga que há, não queiram inventar moda, somos tradicionalistas e zelamos pelo nosso antepassado.


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