Bandeira
do MTG
O Brasão de Armas do Tradicionalismo foi constituído no XII
Congresso Tradicionalista Gaúcho, em Tramandaí. O autor do projeto é HERMES
GONÇALVES FERREIRA. Com o passar dos anos o brasão foi alterado, passando a constar
na elipse superior, a sigla MTG ao invés da palavra
"Tradicionalismo".
SIMBOLOGIA
E CONCEITO DO BRASÃO
O Brasão de
Armas do Tradicionalismo é constituído de: Escudo de Damas com bordadura em
azul, perfilada de preto. Campo terciado com a seguinte composição: chefe em
amarelo, com um tronco de árvore brotado em sua cor "dextra" em
vermelho com um cavalo passante em amarelo partição "sinestra" em
verde com cuia de chimarrão com bombinha em branco. Na bordadura em azul, duas
estrelas de cinco pontas em amarelo, separam a parte superior da elipse, onde
se insere o termo MTG em letras em amarelo.
CONCEITO
As cores
representam as profissões liberais, sustentáculo sócio-econômico de um povo ou
organismo. No preto, a ciência; no branco, a cultura; no azul, a engenharia; no
amarelo, a química; no verde, a medicina; no vermelho, o direito.
SÍMBOLOS
O tronco representa o passado.
O broto representa o presente.
As sete folhas representam o tradicionalismo como organismo social de natureza nativista, cívica, cultural, literária, artística e folclórica.
O mate (chimarrão) simboliza uma das virtudes, que melhor caracteriza o homem do Rio Grande do Sul: a hospitalidade.
O cavalo representa a liberdade e é o traço de união entre os povos.
O broto representa o presente.
As sete folhas representam o tradicionalismo como organismo social de natureza nativista, cívica, cultural, literária, artística e folclórica.
O mate (chimarrão) simboliza uma das virtudes, que melhor caracteriza o homem do Rio Grande do Sul: a hospitalidade.
O cavalo representa a liberdade e é o traço de união entre os povos.
A
Bandeira oficial do MTG é representada por um retângulo (branco) e tem um
assente, em sua parte central o Brasão oficial do MTG.
A cor branca representa a
coerência, a compostura, a harmonia, a paz, a moderação, a prudência, a
quietude, a serenidade, a transigência e a tolerância.
HINO
TRADICIONALISTA
No 43º Congresso Tradicionalista
Gaúcho, em Santa Cruz do Sul, foi aprovado o Hino Tradicionalista, com letra e
música, de Luiz Carlos Barbosa Lessa.
HERANÇA INDÍGENA
É herança indígena na cozinha gaúcha: utilização da mandioca e de seus produtos (farinha, tapioca, beju, pirão, mingau); uso do milho assado, cozido e seus derivados (canjica, pamonha, pipoca, farinha). Aproveitamento, de plantas nativas (abóbora, amendoin, cara, batata-doce, banana, ananaz). Cozimento dos alimentos na tucuruva (trempe de pedras), no moquém (grelha de varas) para assar carne ou peixe. Preparo do peixe assado envolvido em folhas; moqueca e também paçoca de peixe ou de carne (feita no pilão). Uso de bebidas estimulantes: mate e guaraná.
HERANÇA PORTUGUESA
A mulher portuguesa valoriza os produtos do solo americano; aproveitou as especiarias da Índia (cravo, canela, noz-moscada). Criou novos pratos, adaptou outros e conservou algumas receitas tradicionais (bacalhoada, caldo verde, acorda, pasteis, empadas, feijoada, cozido, fatias douradas, coscorões, pão-de-ló, papo-de-anjo, sonhos, pães, compotas, marmeladas, frutas cristalizadas, licores.
CULINÁRIA LUSO-BRASILEIRA
A culinária luso-brasileira pode ser assim distribuída pelas regiões gaúchas: Litoral (com influência açoriana) – peixe assado, grelhados, fervido, desfiado, moqueca de peixe, siri na casca, marisco ensopado, arroz com camarão, camarão com pirão. Pirão de água fria, pirão cozido, farofa, cucus torrado, beju, angu de milho, mingau de milho verde, paçoca de carne desfiada, lingüiça frita, feijão mexido, fervido de legumes, açorda, canja, galinhada, fervido de suquete (osso buco), mocotó, bolo de aipim, pães caseiros, “massas doces” (pão doce sovado) “farte” (pão com recheio de melado), melado com farinha de mandioca, roscas de polvilho, roscas de trigo (fritas), rosquetes, “negro deitado” (bolo de panela), bolo frito, sonhos, omelete de bananas, banana frita, pão-de-ló, sequilhos, rapaduras (com diferentes misturas), pé-de-moleque, “puxa-puxa”, balas diversas, pasteis doces e salgados, doce de panela (de frutas), doce de leite, amobrosia, fatias douradas, bolos, pudins, empadas.
Bebidas – Concertada (vinho com água e açúcar), Queimadinha (queimar cachaça com açúcar), Licores diversos (de vinho, de ovos, de butiá, de abacaxi etc), Café, mate-doce.
COZINHA DA DEPRESSÃO CENTRAL
(INFLUÊNCIA AÇORIANA E OUTRAS)
Canja de galinha, sopas diversas, feijoada, feijão branco, fervido (com legumes e carne), feijão mexido, quibebe, paçoca de favas, arroz de forno, carne de panela, carne assada no forno, bife enrolado, bife à milanesa, guizado de carne, bolo de arroz, pão recheado, empadas, pasteis, “rosinhas” de massa, ovos mexidos, ovos escaldados, “roupa velha” (sobras), peixe recheado, peixe escabeche, peixe frito, bacalhoada, bolinho de bacalhau. Conservas de pepino e cebola. Galinha assada, galinha recheada, arroz com galinha. Pães de forno, pão de panela, “mãe-benta”, biscoitos, “calça-virada”, coscorões, fatias-do-céu, merengues, broas, pudim de laranja, ambrosia de laranja, “manjar celeste”, pudim de pão, “ovos moles”, “fios-de-ovo”, arroz-de-leite, “bom-bocado”, mandolate, balas de leite, de mel, tortas (doces), pé-de-moleque, “farinha de cachorro” (farinha de mandioca com açúcar).
Bebidas: gemada com vinho, licor de vinho, licores com furtas, vinho de laranja.
COZINHA DA CAMPANHA
Carnes (vacum, ovino) grelhada, no espeto, no forno. Arroz “carreteiro”, espinhaço de ovelha ensopado, pasteis, empadão, feijão, “cabo-de-relho” (sobras). Pães caseiros (ao forno), pão “catreiro” ou “de pedra” (aquecidos sobre pedra ou chapa quente), roscas de milho, “farinha de cachorro”, ambrosia de pão, doces de “panela” (marmelada, e em calda).
Bebidas: chimarrão.
COZINHA SERRANA
Carne assada, frita, mocotó, feijoada (de feijão preto e branco), charque com mandioca, paçoca de pinhão com carne assada, couve refogada, couve com farinha, galinha assada, arroz com galinha e quirela de milho, batata-doce, moranga, milho cozido, cuscuz, farinha de biju com leite. Doce de gila, “jaraquatia”, sagu com vinho, arigones, arroz doce, doce de frutas (pêssego, figo, pêra), ambrosia, doce de leite, “chico balanceado” (doce de aipim), doce de batata doce.
Bebidas: “Camargo” (café com apojo), quentão de vinho, café com graspa.
COZINHA DA REGIÃO MISSIONEIRA
Carnes (vacum, ovino) assada no forno, no espeto, grelhada, frita na panela, sopa de lentilhas, sopa de cevadinha, feijoada, “puchero”, “gringa” (moranga) caramelada, pirão de farinha de milho, canja, couve com farofa, matambre com leite, fervido de espinhaço de ovelha com aipim. Canjica, guizado de milho, pasteis, empadão, revirado de galinha, revirado de sobras, lingüiça frita, paçoca de charque, galinha assada. Pão de forno, pão de borralho, bolo frito, biscoitos, pão-de-ló, geléia de mocotó, doce de jaraquatia, pêssego com arroz, arigones, tachadas (marmelo, pêssego, pêra), doce de laranja azeda cristalizada, doce de leite, rapadura de leite, gemada com leite, bolos.
Bebidas: chimarrão, mate doce, mate com leite.
COZINHA DA COLÔNIA ALEMÃ
Carne de porco (assada e frita), wurst (lingüiça), chucrut (conserva de repolho), nudeln (massa), kles (bolinhos de farinha de trigo com batata cozida), conserva de rabanete, galinha assada, sopa com legumes e ovos, kas-schimier (ricota), kuchen (cuca), leb-kuchen (cuca de mel), mehldoss (doces de farinha de trigo), schimier (pasta de frutas), syrup (frutos cozidos com melado), weihmachts (bolachinhas), bolinhos de batata ralada, pão de milho, de centeio, de trigo, tortas doces. Café colonial (salgadinhos, salames, queijos, bolos).
Bebidas: Das bier - cerveja, chop. Spritzbier (gengibirra). Assimilaram o chimarrão.
COZINHA DA COLÔNIA ITALIANA
Brodo (caldo de carne), carne Lessa (carne cozida n´agua), capeleti (massa com recheio de carne picada) o mesmo que Agnolini, menestra ou aminestra (sopa, canja), galeto a menarôsto ( frango no espeto), ravióli (massa com recheio), tortei (pastel cozido recheado com moranga ou abóbora), macarôn (massa), spagueti (massa cortada), fidelini (massa fina), polenta (angu de farinha de milho), risoto (arroz com galinha e queijo ralado), pizza (massa de pão com molho e queijo), pera cruz (bolo fervido em calda de frutas), pães de trigo e milho, panetone (pão com frutas cristalizadas), salames, queijos.
Bebidas: vinho, graspa.
É herança indígena na cozinha gaúcha: utilização da mandioca e de seus produtos (farinha, tapioca, beju, pirão, mingau); uso do milho assado, cozido e seus derivados (canjica, pamonha, pipoca, farinha). Aproveitamento, de plantas nativas (abóbora, amendoin, cara, batata-doce, banana, ananaz). Cozimento dos alimentos na tucuruva (trempe de pedras), no moquém (grelha de varas) para assar carne ou peixe. Preparo do peixe assado envolvido em folhas; moqueca e também paçoca de peixe ou de carne (feita no pilão). Uso de bebidas estimulantes: mate e guaraná.
HERANÇA PORTUGUESA
A mulher portuguesa valoriza os produtos do solo americano; aproveitou as especiarias da Índia (cravo, canela, noz-moscada). Criou novos pratos, adaptou outros e conservou algumas receitas tradicionais (bacalhoada, caldo verde, acorda, pasteis, empadas, feijoada, cozido, fatias douradas, coscorões, pão-de-ló, papo-de-anjo, sonhos, pães, compotas, marmeladas, frutas cristalizadas, licores.
CULINÁRIA LUSO-BRASILEIRA
A culinária luso-brasileira pode ser assim distribuída pelas regiões gaúchas: Litoral (com influência açoriana) – peixe assado, grelhados, fervido, desfiado, moqueca de peixe, siri na casca, marisco ensopado, arroz com camarão, camarão com pirão. Pirão de água fria, pirão cozido, farofa, cucus torrado, beju, angu de milho, mingau de milho verde, paçoca de carne desfiada, lingüiça frita, feijão mexido, fervido de legumes, açorda, canja, galinhada, fervido de suquete (osso buco), mocotó, bolo de aipim, pães caseiros, “massas doces” (pão doce sovado) “farte” (pão com recheio de melado), melado com farinha de mandioca, roscas de polvilho, roscas de trigo (fritas), rosquetes, “negro deitado” (bolo de panela), bolo frito, sonhos, omelete de bananas, banana frita, pão-de-ló, sequilhos, rapaduras (com diferentes misturas), pé-de-moleque, “puxa-puxa”, balas diversas, pasteis doces e salgados, doce de panela (de frutas), doce de leite, amobrosia, fatias douradas, bolos, pudins, empadas.
Bebidas – Concertada (vinho com água e açúcar), Queimadinha (queimar cachaça com açúcar), Licores diversos (de vinho, de ovos, de butiá, de abacaxi etc), Café, mate-doce.
COZINHA DA DEPRESSÃO CENTRAL
(INFLUÊNCIA AÇORIANA E OUTRAS)
Canja de galinha, sopas diversas, feijoada, feijão branco, fervido (com legumes e carne), feijão mexido, quibebe, paçoca de favas, arroz de forno, carne de panela, carne assada no forno, bife enrolado, bife à milanesa, guizado de carne, bolo de arroz, pão recheado, empadas, pasteis, “rosinhas” de massa, ovos mexidos, ovos escaldados, “roupa velha” (sobras), peixe recheado, peixe escabeche, peixe frito, bacalhoada, bolinho de bacalhau. Conservas de pepino e cebola. Galinha assada, galinha recheada, arroz com galinha. Pães de forno, pão de panela, “mãe-benta”, biscoitos, “calça-virada”, coscorões, fatias-do-céu, merengues, broas, pudim de laranja, ambrosia de laranja, “manjar celeste”, pudim de pão, “ovos moles”, “fios-de-ovo”, arroz-de-leite, “bom-bocado”, mandolate, balas de leite, de mel, tortas (doces), pé-de-moleque, “farinha de cachorro” (farinha de mandioca com açúcar).
Bebidas: gemada com vinho, licor de vinho, licores com furtas, vinho de laranja.
COZINHA DA CAMPANHA
Carnes (vacum, ovino) grelhada, no espeto, no forno. Arroz “carreteiro”, espinhaço de ovelha ensopado, pasteis, empadão, feijão, “cabo-de-relho” (sobras). Pães caseiros (ao forno), pão “catreiro” ou “de pedra” (aquecidos sobre pedra ou chapa quente), roscas de milho, “farinha de cachorro”, ambrosia de pão, doces de “panela” (marmelada, e em calda).
Bebidas: chimarrão.
COZINHA SERRANA
Carne assada, frita, mocotó, feijoada (de feijão preto e branco), charque com mandioca, paçoca de pinhão com carne assada, couve refogada, couve com farinha, galinha assada, arroz com galinha e quirela de milho, batata-doce, moranga, milho cozido, cuscuz, farinha de biju com leite. Doce de gila, “jaraquatia”, sagu com vinho, arigones, arroz doce, doce de frutas (pêssego, figo, pêra), ambrosia, doce de leite, “chico balanceado” (doce de aipim), doce de batata doce.
Bebidas: “Camargo” (café com apojo), quentão de vinho, café com graspa.
COZINHA DA REGIÃO MISSIONEIRA
Carnes (vacum, ovino) assada no forno, no espeto, grelhada, frita na panela, sopa de lentilhas, sopa de cevadinha, feijoada, “puchero”, “gringa” (moranga) caramelada, pirão de farinha de milho, canja, couve com farofa, matambre com leite, fervido de espinhaço de ovelha com aipim. Canjica, guizado de milho, pasteis, empadão, revirado de galinha, revirado de sobras, lingüiça frita, paçoca de charque, galinha assada. Pão de forno, pão de borralho, bolo frito, biscoitos, pão-de-ló, geléia de mocotó, doce de jaraquatia, pêssego com arroz, arigones, tachadas (marmelo, pêssego, pêra), doce de laranja azeda cristalizada, doce de leite, rapadura de leite, gemada com leite, bolos.
Bebidas: chimarrão, mate doce, mate com leite.
COZINHA DA COLÔNIA ALEMÃ
Carne de porco (assada e frita), wurst (lingüiça), chucrut (conserva de repolho), nudeln (massa), kles (bolinhos de farinha de trigo com batata cozida), conserva de rabanete, galinha assada, sopa com legumes e ovos, kas-schimier (ricota), kuchen (cuca), leb-kuchen (cuca de mel), mehldoss (doces de farinha de trigo), schimier (pasta de frutas), syrup (frutos cozidos com melado), weihmachts (bolachinhas), bolinhos de batata ralada, pão de milho, de centeio, de trigo, tortas doces. Café colonial (salgadinhos, salames, queijos, bolos).
Bebidas: Das bier - cerveja, chop. Spritzbier (gengibirra). Assimilaram o chimarrão.
COZINHA DA COLÔNIA ITALIANA
Brodo (caldo de carne), carne Lessa (carne cozida n´agua), capeleti (massa com recheio de carne picada) o mesmo que Agnolini, menestra ou aminestra (sopa, canja), galeto a menarôsto ( frango no espeto), ravióli (massa com recheio), tortei (pastel cozido recheado com moranga ou abóbora), macarôn (massa), spagueti (massa cortada), fidelini (massa fina), polenta (angu de farinha de milho), risoto (arroz com galinha e queijo ralado), pizza (massa de pão com molho e queijo), pera cruz (bolo fervido em calda de frutas), pães de trigo e milho, panetone (pão com frutas cristalizadas), salames, queijos.
Bebidas: vinho, graspa.
·
Almôndegas de charque - Existem de dois tipos: 1) charque picado
com toucinho e 2) charque desfiado, passando em ovos e farinha de mandioca.
Esta última, em Palmares do Sul, é chamada "almôndega da tia
Ricarda".
·
Engasga-gato - Ensopado com pedaços de charque da manta da
barrigueira, exclusivamente.
·
Cola-gaita - Ensopado e pirão de farinha de mandioca com
espinhaço de ovelha.
·
Cadela-oveira - Refogado que se faz, de manhã cedo, na
região de Viamão até Palmares do Sul e Mostardas (sobretudo para a peonada e
safristas) com restos de comida da noite anterior: frita-se uma cebola na
gordura e aí se põe o que sobrou do feijão, do arroz, da carne, da massa, tudo
bem mexido, às vezes até com farinha de mandioca e ovos. Come-se com o café da
manhã.
·
Cabo-de-relho - Quase o mesmo que cadela-oveira, mas na
Fronteira-Oeste.
·
Fervido - É um sopão com muito vegetal e osso com
carne, sobretudo o caracu,
com um tutano grosso e saboroso. Quando tirar está pronto, retiram-se com
escumadeira as partes sólidas e o caldo, grosso e espesso é mexido com farinha
de mandioca. O fervido tem um leve parentesco com o cozido português, mas nada a ver
com o puchero.
·
Puchero - Na Espanha, puchero é uma panelinha (de barro, de ferro, de alumínio)
onde se faz uma caldeirinha. No Prata e no RS, puchero é um sopão com muito
vegetal e carne do peito (às vezes com costela e até linguiça), mas sem tutano
e sem pirão. Um sopão.
·
Sôrda - Prato comum na região do Litoral norte do estado, Palmares do
Sul e Mostardas. É de origem açoriana, a açorda, ou sopa d'açorda. Tem caldo,
leva muitos vegetais, linguiça (ou peixe, ou até carne), uma parte de pirão,
ovos duros derramados diretamente no caldo que sobra ou no pirão e tempero
verde, ainda, por cima.
Instrumentos
musicais: viola- açorianos, rabeca-austriacos, gaita-italianos e
violão-açorianos em ordem de chegada
Folguedos:
Cavalhadas As cavalhadas recriam os torneios medievais e as batalhas entre cristãos e mouros,
algumas vezes com enredo baseado no livro Carlos Magno e Os Doze Pares da França, uma
coletânea de histórias fantásticas sobre esse rei. No Brasil, registram-se
desde o século XVII e as cavalhadas acontecem durante a festa
do Divino, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
Origem Portuguesa
Bumba
meu boi Ela consiste numa dança acompanhada por música regional, onde um homem
vestido de boi faz várias coreografias. Ao redor do boi aparecem vários
personagens típicos do século: vigário, cobrador de impostos, escravo fugitivo,
boiadeiro, capitão do mato e o valentão. Muitas pessoas, moradores de ruas por
onde ele passa, vão acompanhando o boi-bumbá vestidos com trajes de vaqueiro.
Durante a dança, o boi é morto, sendo logo em seguida ressuscitado por um puxão no rabo e volta a dançar. Na dança o boi abaixa e levanta a cabeça, dançando de forma desorientada, sobre os outros personagens. Portugueses
Terno de Reis
vem de 1750, como herança açoriana, e continua viva entre os
verdadeiros tradicionalistas. O folclorista Paixão Côrtes foi quem mais se
aprofundou na pesquisa do que considera como o que há de mais genuíno em termos
de folclore popular no Estado.
Fazem parte do ritual dos cantos figuras como o Mestre, o
Contramestre, o Ajudante de Contramestre e o Tipi, que festejam a tradição
gaúcha com suas violas, violões, gaitas, rebecas e triângulos. Vão as casa das
pessoas para cantar a chegada do menino jesus.
Terno
de Atiradores,
Vem dos Alemães.
Vão
ate´ a casa das pessoas e avisam com tiros e cantos a chegada do ano novo.
De um
modo geral, um grupo de atiradores de ano novo nunca tem menos de 25 nem mais
de 45 integrantes, contando-se entre eles, com 20 a 30 atiradores, um palhaço, um espantalho humano, um homem fantasiado de mulher, um
homem negro (na falta de um homem de cor na
vizinhança, disposto a participar do grupo, um branco é pintado de preto para
representar a raça), os músicos (gaiteiro,
tocador de marimbau, violeiro, violinista e outros executantes) - alguns grupos
levam somente o gaiteiro, porque, pelas características do instrumento, é o
suficiente para animar a festança -, um homem responsável pelo “spruch”
(discurso em verso, em alemão ou português,
conforme a ocasião) e, finalmente, mais um encarregado de levar alguns
pertences do grupo.
Terno
de Santos, avisa a chegada das festas de juninas com canto e reza na casa das
pessoas. Origem Portuguesa
Folia do Divino
origem portuguesa acontece antes da festa do
divino.
através de cantorias que invocam o Divino Espírito Santo e
os nomes santos da cristandade. Os músicos são o centro desta expressão. Entre
eles, a função do embaixador da folia assemelha-se ao de um sacerdote. Os
embaixadores são os principais responsáveis pelas invocações, cânticos e
composição das letras. Várias cantorias são realizadas, cada uma tem a sua
coluna, como é chamada o enredo e a composição, para cada ocasião. Algumas
cantorias podem durar mais de hora. Entre elas, destaca-se a "Chegada ao
Pouso" e o "Agradecimento".
Congada
A congada ou congado é uma manifestação cultural e religiosa afro-brasileira e
portuguesa. Folguedo muito antigo, constitui-se em um bailado dramático com
canto e música que recria a coroação de um rei do Congo.[2][1]
Trata
basicamente de três temas em seu enredo: a vida de São
Benedito; o encontro da imagem de Nossa Senhora do Rosário submergida nas águas; e a representação da
luta de Carlos
Magno contra
as invasões mouras
Ensaio de Promessas de Quicumbi;
O
ritual do Ensaio de Promessa Quicumbi é uma tradição performática dos negros de
Tavares, no Rio Grande do Sul, e está associado ao universo das congadas
brasileiras, expressiva manifestação de caráter religioso. Nesse local, o
Ensaio de Promessa se configurou como um grande símbolo da ancestralidade da
ocupação do território. É realizado em louvor a Nossa Senhora do Rosário, ao
longo de doze horas, com pequenas pausas para alimentação dos músicos e
dançantes, constituindo-se em ritos de pagamento de promessas por graças
alcançadas. Reúne extensa rede de parentela, compadrio e afinidades do
promesseiro.
Detentor
de forte presença coletiva e comunitária em todas as suas etapas, o Ensaio de
Promessa do Quicumbi tem sonoridade fortemente marcada por versos e repetições
em seus cânticos, geralmente de cunho religioso, entoados com acompanhamento de
tambores, reco-recos e pandeiros
Ritos
Cruz de Estrada: cruz marcando locais onde ocorreu morte
trágica. É costume colocar uma pedrinha no local, rezar ou benzer-se.
Santa Cruz: as que são erguidas nos lugares onde haja capelas ou por onde passaram missionários. Aí são acesas velas ou feitas devoções com finalidade de pagar promessas, ou alcançar graças.
Cruz Mestra: cruz maior, encontrada em certos cemitérios. As pessoas, distantes dos locais em que se encontram seus entes enterrados, aí rezam ou acendem velas para alma do Purgatório.
Capela: pequeno nicho, gruta com Santo à beira da estrada; costume comum em área de colonização italiana.
Promessa: algumas são em forma de “ex-votos”; outras em penitência: oferecer mechas de cabelo ou tranças (provindo do costume romano de oferecer a cabeleira a Apolo na chegada da puberdade); não cortar o cabelo até a idade X em troca de favor; subir de joelhos escadas de igreja. É uso no litoral do RS, doar para leilões de igreja massas antropomorfas. Figuras zoomorfas, embora não ligadas à partes do corpo, são dadas em intenção de obter boa saúde. Nestes casos está o lagarto, muito comum. A promessa pode ser feita com novenas, terços cantados, privar-se de diversões, vestir roupa especial para procissões, andar descalço, deixar crescer o cabelo. Em Criúva, a Dança de São Gonçalo é motivo de promessa.
Ex-votos: o ex-voto representa, simbolicamente, o que se oferece em regozijo à graça alcançada. Pode aparecer sob a forma de quadro, imagem, desenho, escultura, sitoplástica, fotografia, peça de roupa, fita, mecha de cabelo, etc. Estes ex-votos acham-se, geralmente, junto às capelas ou lugares considerados sagrados (Gruta da Glória/Porto Alegre; Gruta do Rio das Antas).
Romaria: vários locais dão motivos para romarias: túmulo do Padre Reus (São Leopoldo); túmulo do Padre Roque Gonzales (Missões); Igreja de Caravaggio (Farroupilha); Romaria de Santo Antão (Santa Maria); Romaria na igreja de Santa Rita de Cássia (Porto Alegre).
Mesa dos inocentes: promessas que consistem em dar de comer a sete crianças com menos de sete anos em mesa colocada no chão. Na cidade de Mostardas, distribuem mãozinhas feitas de pão às crianças.
Promessas de bandeira: em pagamento de promessa, pedir chuva, afastar peste, pequenos grupos saem com a bandeira do Divino, percorrendo distância delimitada.
Ritos de morte: atirar três punhados de terra sobre o caixão que desce à cova.
Mortalhas: vestir crianças de anjo e moças de noiva ou com roupas de santos; colocar vela na mão de agonizante; fechar olhos do morto; abrir todas as portas e janelas quando morre alguém e fechá-las após enterro são ritos que se preservam.
Coberta d'alma: ritual que consiste em doar roupas novas a um amigo do falecido, para que ele possa entrar leve no céu e sua alma, se aparecer, estará de roupa nova. Quem veste a coberta d'alma deve dizer, no momento em que colocar cada peça: “Fulano, esta é a última camisa que tu vestes”, etc. Igualmente, assistir à missa de sétimo dia e a de mês, com a mesma vestimenta.
Recado ao morto: esta tradição, provinda dos romanos e introduzida pelos portugueses é encontrada em várias localidades, consiste em pôr o bilhete, com pedidos, no caixão. Também, escrevem-se recados ou pedidos sobre túmulos (Mão Preta, em Bagé; Armando Cruz, em Cruz Alta; Getúlio Vargas, em São Borja).
Enterro de anjo: crianças, que morrem antes do batismo ou nascem mortas, recebem sepulturas em local separado dos demais.
Velório da cruz: cerimônia na qual velam a cruz definitiva que irá para o túmulo do falecido. A cruz é batizada, tendo início o ritual, sete dias após a data do falecimento, porém respeitando-se a mesma hora. (Missões)
Excelências ou Incelências: benditos e frases rimadas, entoadas pelos cantores junto ao defunto. A incelência é de introdução portuguesa e cantada até doze para adultos, e 9 incelências para crianças. Alguns cantadores chamam a última de derradeira. Estas cantorias também são usadas para aplacar tempestades ou pedir chuva.
Santa Cruz: as que são erguidas nos lugares onde haja capelas ou por onde passaram missionários. Aí são acesas velas ou feitas devoções com finalidade de pagar promessas, ou alcançar graças.
Cruz Mestra: cruz maior, encontrada em certos cemitérios. As pessoas, distantes dos locais em que se encontram seus entes enterrados, aí rezam ou acendem velas para alma do Purgatório.
Capela: pequeno nicho, gruta com Santo à beira da estrada; costume comum em área de colonização italiana.
Promessa: algumas são em forma de “ex-votos”; outras em penitência: oferecer mechas de cabelo ou tranças (provindo do costume romano de oferecer a cabeleira a Apolo na chegada da puberdade); não cortar o cabelo até a idade X em troca de favor; subir de joelhos escadas de igreja. É uso no litoral do RS, doar para leilões de igreja massas antropomorfas. Figuras zoomorfas, embora não ligadas à partes do corpo, são dadas em intenção de obter boa saúde. Nestes casos está o lagarto, muito comum. A promessa pode ser feita com novenas, terços cantados, privar-se de diversões, vestir roupa especial para procissões, andar descalço, deixar crescer o cabelo. Em Criúva, a Dança de São Gonçalo é motivo de promessa.
Ex-votos: o ex-voto representa, simbolicamente, o que se oferece em regozijo à graça alcançada. Pode aparecer sob a forma de quadro, imagem, desenho, escultura, sitoplástica, fotografia, peça de roupa, fita, mecha de cabelo, etc. Estes ex-votos acham-se, geralmente, junto às capelas ou lugares considerados sagrados (Gruta da Glória/Porto Alegre; Gruta do Rio das Antas).
Romaria: vários locais dão motivos para romarias: túmulo do Padre Reus (São Leopoldo); túmulo do Padre Roque Gonzales (Missões); Igreja de Caravaggio (Farroupilha); Romaria de Santo Antão (Santa Maria); Romaria na igreja de Santa Rita de Cássia (Porto Alegre).
Mesa dos inocentes: promessas que consistem em dar de comer a sete crianças com menos de sete anos em mesa colocada no chão. Na cidade de Mostardas, distribuem mãozinhas feitas de pão às crianças.
Promessas de bandeira: em pagamento de promessa, pedir chuva, afastar peste, pequenos grupos saem com a bandeira do Divino, percorrendo distância delimitada.
Ritos de morte: atirar três punhados de terra sobre o caixão que desce à cova.
Mortalhas: vestir crianças de anjo e moças de noiva ou com roupas de santos; colocar vela na mão de agonizante; fechar olhos do morto; abrir todas as portas e janelas quando morre alguém e fechá-las após enterro são ritos que se preservam.
Coberta d'alma: ritual que consiste em doar roupas novas a um amigo do falecido, para que ele possa entrar leve no céu e sua alma, se aparecer, estará de roupa nova. Quem veste a coberta d'alma deve dizer, no momento em que colocar cada peça: “Fulano, esta é a última camisa que tu vestes”, etc. Igualmente, assistir à missa de sétimo dia e a de mês, com a mesma vestimenta.
Recado ao morto: esta tradição, provinda dos romanos e introduzida pelos portugueses é encontrada em várias localidades, consiste em pôr o bilhete, com pedidos, no caixão. Também, escrevem-se recados ou pedidos sobre túmulos (Mão Preta, em Bagé; Armando Cruz, em Cruz Alta; Getúlio Vargas, em São Borja).
Enterro de anjo: crianças, que morrem antes do batismo ou nascem mortas, recebem sepulturas em local separado dos demais.
Velório da cruz: cerimônia na qual velam a cruz definitiva que irá para o túmulo do falecido. A cruz é batizada, tendo início o ritual, sete dias após a data do falecimento, porém respeitando-se a mesma hora. (Missões)
Excelências ou Incelências: benditos e frases rimadas, entoadas pelos cantores junto ao defunto. A incelência é de introdução portuguesa e cantada até doze para adultos, e 9 incelências para crianças. Alguns cantadores chamam a última de derradeira. Estas cantorias também são usadas para aplacar tempestades ou pedir chuva.
Fonte:
Rio Grande do Sul, Aspectos do Folclore - Lilian Argentina Marques e outros.
Festas
Natal
Atribuiu-se a São Francisco de Assis a criação do presépio (séc. XVIII), introduzida esta prática no Brasil pelos jesuítas em 1584.
Primeira notícia da árvore de Natal em 1605 em Estrasererguer.
Natal no RS: herança portuguesa - missa do galo, banquete em todos os lares, comer figo (ceia) traz boa sorte.
Introdução alemã é a árvore de natal (pinheiro), enfeitada, Coroa do Advento (cujas velas são acessas semanas antes do 25 de dezembro), costume cantarem "Tannembaum", junto a árvore, distribuirem "Weinachts" (bolachas confeitadas com formato de pessoas, animais, plantas, etc.).
Entre os descendentes italianos- colocam água e capim na porta da casa, aos animais do presépio.
Poloneses no dia 24 de dezembro esperam o surgimento da estrela Vesper para dar início aos festejos. No centro da mesa colocam trigo e capim sobre o capim "opateck" (espécie de hostia branca) que é repartido por três membros da família. A ceia consta de sete alimentos sem carne e sem gorduras, esta cerimônia denomina- se "vigília" e é encerrrada com as "kolendas" (cantos de natal). No dia de reis escrevem nas portas (do lado interno) as iniciais dos nomes dos três Reis Magos e o ano que está entrando: B+G+M+2004, para pedir proteção.
Ano Novo
No litoral, dá- se o nome de consoada ao jantar da meia-noite de 31 de dezembro.
No primeiro do ano, crianças de certas localidades de colonizadores italianos saem pelas casas a desejar Bom Princípio do Ano e recebem doces ou dinheiro em troca (Fontoura Xavier e Erechim).
Carnaval
A cidade de Cruz Alta usa os jogos de Intróito ou Entrudo, conservadas nas tradições portuguesas, caracterizando-se por bacias d'água despejadas das casas sobre os passeantes, além do uso da farinha e fuligem.
Aparecem no RS, conjuntos acadêmicos (Rio Grande); presença de Bumba-meu-Boi no enterro dos ossos (Encruzilhada do Sul); bloco gaúcho acomnpanhado por gaita (Uruguaiana); "Rádio Galocha" (Lavras do Sul); Bicharada (Piratini).
Semana Santa
Em Soledade aparecem as "recomendações" ou "encomendações das almas". São realizadas por um "terno"- grupo de pessoas com a finalidade de rezar, cantar, batendo matracas (instrumento de percussão formado por tabuinhas movediças que agitadas, produzem ruídos) e pedindo orações para as almas, esse ritual - é iniciado nas sextas-feiras da Quaresma, principalmente na sexta-feira Santa.
Se conserva em Pelotas, a tradição da "Stippe" (stipa), serenata da Páscoa- grupos similar ao Terno de Reis, saem as ruas nessa época.
Simpatias para curar asma são mais eficazes nesse dia. Não se retira leite das vacas no Planalto e nas Missões. Cobras e aranhas são mortas, para se receber indulgência na zona da Campanha.
Centenas de pandorgas elevam- se ao ar em Livramento.
Em Carlos Gomes, o preparo e ornamentação dos túmulos pascais, encenam a passagem do Evangelho sobre Pilatos.
Os moradores do Morro da Cruz em Porto Alegre, representam a Paixão de Cristo e Procissão do Encontro. Em Rio Pardo, a do Senhor do Morto.
Rio Grande não queima Judas, realiza-se "malhação".
Desde 1914 a fábrica Neugebauer fabricava ovos de Páscoa.
Em Ivoti, costuma- se pintar cães e gatos de azul ou rosa nos dias que antecedem a Páscoa, a fim de que as crianças saibam da proximidade da época dos ovos coloridos.
Em Carlos Gomes acontece no sábado, a benção dos alimentos; continua os festejos na segunda- feira, serva- se este dia para brincadeiras entre a comunidade.
Judaicas
Comemoram inúmeras festas como: Rosh Hashaná- Ano Novo; Iom Kipur- data do arrependimento ou perdão dos pecados; Sucót- festa da colheita; Pessach- Páscoa Judaíca.
Na páscoa, em Sinagoga fazem orações duas vezes ao dia. A ceia realiza- se nas duas primeiras noites, e tem seus significados: frango tostado (lembra o cordeiro sacrificado); o "maror" (erva amarga) pelo sofrimento da esccravidão...
Sendo impedidos de comer pão, substituem pelo "matzá", bolacha ázima que não contém levedura, tal bolacha lembra a história da fuga do egito, quando os judeus não estiverem tempo de cozinhar seus pães.
Nossa Senhora dos Navegantes
Em janeiro de 1871 chega a Província o barco Porto Alegre, trazendo em seu bojo a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, esculpida em madeira.
Antigamente, quando na Ilha das Pedras funcionava o Presídio, havia a benção do indulto. À passagem da Santa, um preso era indultado. Esse fato não acontece mais.
Em Rio Grande, cidade portuária, acontece belíssima procisão por mar, levam a imagem até São José do Norte, acompanhados por embarcações, decoradas com bandeirolas(bandeira pequena) e flores.
Em Tramandaí a festa é uma das mais importantes do calendário. Em Arroio do Meio o cortejo percorre o Rio Taquari. Em Alegrete passa sobre a ponte Ibirapuitã, retornando. Em Rodeio Bonito, a procisão é terrestre, seguida por cortejo de automóveis até a gruta.
Em Vicente Dutra, a festa é antecedida por tríduo (três dias consecutivos), no salão paroquial ou no CTG, oferecidas comidas típicas da região e quermesse.
Em Tapes, São Lourenço do Sul e Camaquã, a procissão é lacustre.
Festa do Divino
Na literatura católica, a Festa do Divino coresponde a Pentecostes, isto é, comemoração da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Acontece 50 dias após a Páscoa.
O Espírito Santo fez- se presente pela primeira vez em forma de pombinha quando do batismo temporário de Jesus por São João Batista. Este animalzinho- símbolo de submissão e harmonia- passou a representar o Divino Espírito Santo. Sua imagem ficou reverenciada junto à bandeira.
A cor vermelha seria a representação das línguas de fogo, a pregação de fé.
Festa em Criúva- fazem parte a benção dos tambores e bandeiras, dando início à visitação das casas, os moradores doam víveres que são utilizados na festa.
No domingo marcado para a Festa do Divino, reza- se missa e após procissão, gaúchos a caráter abrem o cortejo, conduzindo no interior de um triângulo, suspenso pelas aias ao lado esterno, o triângulo é puxado pela rainha da festa.
Após o baile é eleição dos próximos festeiros.
Festa em a Mostardas- Mostardas festeja a festeja o divino desde sua fundação. Durante o período de nove dias realiza-se reuniões dançantes e jantas especiais com alimentos doados pela comunidade. O peditório é anunciado por foguetes, compõem a comitiva dois rapazes de opa (capa) vremelha, duas senhoras conduzindo as bandeiras, mais os festeiros com a bandeja para as ofertas, o alferes da bandeira e espadim (menino trajado de pajem, portando o cetro (bastão curto) do divino).
No dia festivo, após a missa e almoço tem a procisão, a banda segue atrás do andor e os fiéis cantam.
Ao final escolhem os festeiros na frente da igreja, são oraganizadas quermesses.
Realizam-se bailes nas sextas-feiras, sábado e domingo da semana festiva.
Em homenagem ao novo festeiro, acontece o baile da segunda-feira seguinte, encerrando a festa do divino.
Santa Rita de Cássia
Um grupo do Bairro Guarujá de Porto Alegre, devoto de Santa Rita de Cássia decidiu construir um santuário em seu louvor, a partir de então, esta vem sendo reverenciada.
A festa ocorre em 22 de maio, se cair em dia útil, comemora-se em domingo anterior.
Dois meses antes, iniciam-se os preparativos, cartazes são afixados, não havendo folhetos ou peditórios pelo casario.
Após a procissão a venda de churrasco, o dinheiro destina-se a melhoria do santauário.
A imagem é transladada no sábado, pelas 20hs, acompanhada por carros e motocicletas. Após, realiza-se a missa e reverência a Santa Rita. Na manhã de domingo, a procissão, com todos de a pé, retorna ao Santuário.
Às quinze horas, reiniciam-se as missas rezadas de hora em hora com benção da saúde, até as 21hs.
São Jorge
Realiza-se junto à igreja do padroeiro, localizada no Bairro Partenom, em Porto Alegre. O dia é 23 de abril, se cair em dia útil realiza-se no próximo domingo.
Acontecem peditório, conduzindo a bandeira de São Jorge que é introduzida nas casas a fim de serem abençoadas.
Festa constituí-se de missa, novena, procissão, churrasco, som.
Quatro casais de festeiros abrem o cortejo, seguidos de um caminhão aberto, conduzindo o Santo cavaleiro sobre um manto vermelho.
A festa vai até o entardecer, o lucro é revertido as obras sociais, mantidas pela igreja.
Santa Cruz
Segundo relatos João Maria um dos profetas dos movimentos messiânicos do século passado, era um homem bondoso, um ermitão conselheiro, após a revolta saiu em peregrinação.
Alguns chamam-no de "ermitão da couve", pois receitava medicação a base de leguminosa.
Em Criúva São João Maria permaneceu uma semana. Quando ele foi embora, erigiram alí uma cruz.
Um desafeto tentou arrancar a cruz, mas foi arrastado com cavalo e tudo pela correnteza, morrendo afogado.
A cruz ficou seu objeto de devoção, alguns afirmam que em 1903 a cruz já existia.
Atualmente realiza-se uma festa em homenagem à Santa Cruz no mês de outubro em data móvel.
" A festa é para a padroeira, Nossa Senhora do Carmo, mas em louvor a Santa Cruz e relacionada a São João Maria". Realizam-se tríduo, missa, procissão, diversão durante as três noites como bailes, jantares, rifas e leilões.
Pelas informações São João Maria morreu em Lapa, no Paraná, "embaixo de uma grota".
A passagem de São João Maria por Criúva foi após a Revolução de 1893, até hoje a população reza e implora graças a este santo.
Nossa Senhora de Caravaggio
A devoção foi introduzida pelos italianos que se estabeleceram onde hoje é a comunidade Diocesana de Caravaggio, pertencente a Linha Palmeiro, Farroupilha.
Católicos erigiram um pequeno oratório, com registro de Nossa
Senhora de Caravaggio, quando ampliaram este documento verificaram que foi impresso em uma gráfica de Milão em 1724.
O novo santuário inaugurado em 1963 abriga duas mil pessoas.
Os moradores de Caeravaggio constituem de 87 famílias, todos colaboram na organização da festa que tem início com uma novena preparatória, até as 18hs no dia 23 de maio. Posteriormente celebram-se nos dias 24, 25 e 26, dia da Padroeira, missas de hora em hora com a benção da saúde.
Estimam-se que mais de 150 mil romeiros tenham ido ao Encontro da 107ª Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio em 1986.
Juninas
Gregos e romanos homenageavam os deuses da colheita com fogueiras, cantorias e danças. Com o advento ao cristianismo, substituíram os deuses pelos santos.
Foram introduzidas pelos portugueses.
" Um soldado de São Borja voltando ferido da Guerra do Paraguai, traz a sua mãe pequena imagem de São João Batista. Já curado o soldado retorna a guerra, sua mãe teria prometido ao Santo realizar uma procissão dia 23 de junho, caso o rapaz voltasse são e salvo". Assim aconteceu, daí em diante toda véspera de São João a procissão sai as ruas de São Borja.
Corpus Christi
Sabe-se que a procissão de Corpus Christi advém do século XVIII.
Nesta festa a regiustro de santos e estátuas que são postos sobre janelas ou nas beiradas externas das portas da rua do casario.
Durante a passagem do cortejo elevam-se altares. Crianças vestidas de "anjinho" formam alas (Nova Pádua).
Em Flores da Cunha, a proximidade da festa o povo sai as ruas antes do acontecimento litúrgico.
A prática "de estender os tapetes", foi iniciada em 1964.
Em São Marcos, alguns devotos, despem seus casacos ou ponchos, estirando-os sob os pés do
Atribuiu-se a São Francisco de Assis a criação do presépio (séc. XVIII), introduzida esta prática no Brasil pelos jesuítas em 1584.
Primeira notícia da árvore de Natal em 1605 em Estrasererguer.
Natal no RS: herança portuguesa - missa do galo, banquete em todos os lares, comer figo (ceia) traz boa sorte.
Introdução alemã é a árvore de natal (pinheiro), enfeitada, Coroa do Advento (cujas velas são acessas semanas antes do 25 de dezembro), costume cantarem "Tannembaum", junto a árvore, distribuirem "Weinachts" (bolachas confeitadas com formato de pessoas, animais, plantas, etc.).
Entre os descendentes italianos- colocam água e capim na porta da casa, aos animais do presépio.
Poloneses no dia 24 de dezembro esperam o surgimento da estrela Vesper para dar início aos festejos. No centro da mesa colocam trigo e capim sobre o capim "opateck" (espécie de hostia branca) que é repartido por três membros da família. A ceia consta de sete alimentos sem carne e sem gorduras, esta cerimônia denomina- se "vigília" e é encerrrada com as "kolendas" (cantos de natal). No dia de reis escrevem nas portas (do lado interno) as iniciais dos nomes dos três Reis Magos e o ano que está entrando: B+G+M+2004, para pedir proteção.
Ano Novo
No litoral, dá- se o nome de consoada ao jantar da meia-noite de 31 de dezembro.
No primeiro do ano, crianças de certas localidades de colonizadores italianos saem pelas casas a desejar Bom Princípio do Ano e recebem doces ou dinheiro em troca (Fontoura Xavier e Erechim).
Carnaval
A cidade de Cruz Alta usa os jogos de Intróito ou Entrudo, conservadas nas tradições portuguesas, caracterizando-se por bacias d'água despejadas das casas sobre os passeantes, além do uso da farinha e fuligem.
Aparecem no RS, conjuntos acadêmicos (Rio Grande); presença de Bumba-meu-Boi no enterro dos ossos (Encruzilhada do Sul); bloco gaúcho acomnpanhado por gaita (Uruguaiana); "Rádio Galocha" (Lavras do Sul); Bicharada (Piratini).
Semana Santa
Em Soledade aparecem as "recomendações" ou "encomendações das almas". São realizadas por um "terno"- grupo de pessoas com a finalidade de rezar, cantar, batendo matracas (instrumento de percussão formado por tabuinhas movediças que agitadas, produzem ruídos) e pedindo orações para as almas, esse ritual - é iniciado nas sextas-feiras da Quaresma, principalmente na sexta-feira Santa.
Se conserva em Pelotas, a tradição da "Stippe" (stipa), serenata da Páscoa- grupos similar ao Terno de Reis, saem as ruas nessa época.
Simpatias para curar asma são mais eficazes nesse dia. Não se retira leite das vacas no Planalto e nas Missões. Cobras e aranhas são mortas, para se receber indulgência na zona da Campanha.
Centenas de pandorgas elevam- se ao ar em Livramento.
Em Carlos Gomes, o preparo e ornamentação dos túmulos pascais, encenam a passagem do Evangelho sobre Pilatos.
Os moradores do Morro da Cruz em Porto Alegre, representam a Paixão de Cristo e Procissão do Encontro. Em Rio Pardo, a do Senhor do Morto.
Rio Grande não queima Judas, realiza-se "malhação".
Desde 1914 a fábrica Neugebauer fabricava ovos de Páscoa.
Em Ivoti, costuma- se pintar cães e gatos de azul ou rosa nos dias que antecedem a Páscoa, a fim de que as crianças saibam da proximidade da época dos ovos coloridos.
Em Carlos Gomes acontece no sábado, a benção dos alimentos; continua os festejos na segunda- feira, serva- se este dia para brincadeiras entre a comunidade.
Judaicas
Comemoram inúmeras festas como: Rosh Hashaná- Ano Novo; Iom Kipur- data do arrependimento ou perdão dos pecados; Sucót- festa da colheita; Pessach- Páscoa Judaíca.
Na páscoa, em Sinagoga fazem orações duas vezes ao dia. A ceia realiza- se nas duas primeiras noites, e tem seus significados: frango tostado (lembra o cordeiro sacrificado); o "maror" (erva amarga) pelo sofrimento da esccravidão...
Sendo impedidos de comer pão, substituem pelo "matzá", bolacha ázima que não contém levedura, tal bolacha lembra a história da fuga do egito, quando os judeus não estiverem tempo de cozinhar seus pães.
Nossa Senhora dos Navegantes
Em janeiro de 1871 chega a Província o barco Porto Alegre, trazendo em seu bojo a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, esculpida em madeira.
Antigamente, quando na Ilha das Pedras funcionava o Presídio, havia a benção do indulto. À passagem da Santa, um preso era indultado. Esse fato não acontece mais.
Em Rio Grande, cidade portuária, acontece belíssima procisão por mar, levam a imagem até São José do Norte, acompanhados por embarcações, decoradas com bandeirolas(bandeira pequena) e flores.
Em Tramandaí a festa é uma das mais importantes do calendário. Em Arroio do Meio o cortejo percorre o Rio Taquari. Em Alegrete passa sobre a ponte Ibirapuitã, retornando. Em Rodeio Bonito, a procisão é terrestre, seguida por cortejo de automóveis até a gruta.
Em Vicente Dutra, a festa é antecedida por tríduo (três dias consecutivos), no salão paroquial ou no CTG, oferecidas comidas típicas da região e quermesse.
Em Tapes, São Lourenço do Sul e Camaquã, a procissão é lacustre.
Festa do Divino
Na literatura católica, a Festa do Divino coresponde a Pentecostes, isto é, comemoração da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Acontece 50 dias após a Páscoa.
O Espírito Santo fez- se presente pela primeira vez em forma de pombinha quando do batismo temporário de Jesus por São João Batista. Este animalzinho- símbolo de submissão e harmonia- passou a representar o Divino Espírito Santo. Sua imagem ficou reverenciada junto à bandeira.
A cor vermelha seria a representação das línguas de fogo, a pregação de fé.
Festa em Criúva- fazem parte a benção dos tambores e bandeiras, dando início à visitação das casas, os moradores doam víveres que são utilizados na festa.
No domingo marcado para a Festa do Divino, reza- se missa e após procissão, gaúchos a caráter abrem o cortejo, conduzindo no interior de um triângulo, suspenso pelas aias ao lado esterno, o triângulo é puxado pela rainha da festa.
Após o baile é eleição dos próximos festeiros.
Festa em a Mostardas- Mostardas festeja a festeja o divino desde sua fundação. Durante o período de nove dias realiza-se reuniões dançantes e jantas especiais com alimentos doados pela comunidade. O peditório é anunciado por foguetes, compõem a comitiva dois rapazes de opa (capa) vremelha, duas senhoras conduzindo as bandeiras, mais os festeiros com a bandeja para as ofertas, o alferes da bandeira e espadim (menino trajado de pajem, portando o cetro (bastão curto) do divino).
No dia festivo, após a missa e almoço tem a procisão, a banda segue atrás do andor e os fiéis cantam.
Ao final escolhem os festeiros na frente da igreja, são oraganizadas quermesses.
Realizam-se bailes nas sextas-feiras, sábado e domingo da semana festiva.
Em homenagem ao novo festeiro, acontece o baile da segunda-feira seguinte, encerrando a festa do divino.
Santa Rita de Cássia
Um grupo do Bairro Guarujá de Porto Alegre, devoto de Santa Rita de Cássia decidiu construir um santuário em seu louvor, a partir de então, esta vem sendo reverenciada.
A festa ocorre em 22 de maio, se cair em dia útil, comemora-se em domingo anterior.
Dois meses antes, iniciam-se os preparativos, cartazes são afixados, não havendo folhetos ou peditórios pelo casario.
Após a procissão a venda de churrasco, o dinheiro destina-se a melhoria do santauário.
A imagem é transladada no sábado, pelas 20hs, acompanhada por carros e motocicletas. Após, realiza-se a missa e reverência a Santa Rita. Na manhã de domingo, a procissão, com todos de a pé, retorna ao Santuário.
Às quinze horas, reiniciam-se as missas rezadas de hora em hora com benção da saúde, até as 21hs.
São Jorge
Realiza-se junto à igreja do padroeiro, localizada no Bairro Partenom, em Porto Alegre. O dia é 23 de abril, se cair em dia útil realiza-se no próximo domingo.
Acontecem peditório, conduzindo a bandeira de São Jorge que é introduzida nas casas a fim de serem abençoadas.
Festa constituí-se de missa, novena, procissão, churrasco, som.
Quatro casais de festeiros abrem o cortejo, seguidos de um caminhão aberto, conduzindo o Santo cavaleiro sobre um manto vermelho.
A festa vai até o entardecer, o lucro é revertido as obras sociais, mantidas pela igreja.
Santa Cruz
Segundo relatos João Maria um dos profetas dos movimentos messiânicos do século passado, era um homem bondoso, um ermitão conselheiro, após a revolta saiu em peregrinação.
Alguns chamam-no de "ermitão da couve", pois receitava medicação a base de leguminosa.
Em Criúva São João Maria permaneceu uma semana. Quando ele foi embora, erigiram alí uma cruz.
Um desafeto tentou arrancar a cruz, mas foi arrastado com cavalo e tudo pela correnteza, morrendo afogado.
A cruz ficou seu objeto de devoção, alguns afirmam que em 1903 a cruz já existia.
Atualmente realiza-se uma festa em homenagem à Santa Cruz no mês de outubro em data móvel.
" A festa é para a padroeira, Nossa Senhora do Carmo, mas em louvor a Santa Cruz e relacionada a São João Maria". Realizam-se tríduo, missa, procissão, diversão durante as três noites como bailes, jantares, rifas e leilões.
Pelas informações São João Maria morreu em Lapa, no Paraná, "embaixo de uma grota".
A passagem de São João Maria por Criúva foi após a Revolução de 1893, até hoje a população reza e implora graças a este santo.
Nossa Senhora de Caravaggio
A devoção foi introduzida pelos italianos que se estabeleceram onde hoje é a comunidade Diocesana de Caravaggio, pertencente a Linha Palmeiro, Farroupilha.
Católicos erigiram um pequeno oratório, com registro de Nossa
Senhora de Caravaggio, quando ampliaram este documento verificaram que foi impresso em uma gráfica de Milão em 1724.
O novo santuário inaugurado em 1963 abriga duas mil pessoas.
Os moradores de Caeravaggio constituem de 87 famílias, todos colaboram na organização da festa que tem início com uma novena preparatória, até as 18hs no dia 23 de maio. Posteriormente celebram-se nos dias 24, 25 e 26, dia da Padroeira, missas de hora em hora com a benção da saúde.
Estimam-se que mais de 150 mil romeiros tenham ido ao Encontro da 107ª Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio em 1986.
Juninas
Gregos e romanos homenageavam os deuses da colheita com fogueiras, cantorias e danças. Com o advento ao cristianismo, substituíram os deuses pelos santos.
Foram introduzidas pelos portugueses.
" Um soldado de São Borja voltando ferido da Guerra do Paraguai, traz a sua mãe pequena imagem de São João Batista. Já curado o soldado retorna a guerra, sua mãe teria prometido ao Santo realizar uma procissão dia 23 de junho, caso o rapaz voltasse são e salvo". Assim aconteceu, daí em diante toda véspera de São João a procissão sai as ruas de São Borja.
Corpus Christi
Sabe-se que a procissão de Corpus Christi advém do século XVIII.
Nesta festa a regiustro de santos e estátuas que são postos sobre janelas ou nas beiradas externas das portas da rua do casario.
Durante a passagem do cortejo elevam-se altares. Crianças vestidas de "anjinho" formam alas (Nova Pádua).
Em Flores da Cunha, a proximidade da festa o povo sai as ruas antes do acontecimento litúrgico.
A prática "de estender os tapetes", foi iniciada em 1964.
Em São Marcos, alguns devotos, despem seus casacos ou ponchos, estirando-os sob os pés do
Corpus Christi é um evento baseado em tradições católicas realizado na quinta-feira seguinte ao
domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece
no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma
"Festa de Guarda" onde a participação da Santa Missa neste dia é,
para os católicos, obrigatória, na forma estabelecida pela conferência episcopal do país respectivo.
A
procissão pelas vias públicas, quando é feita, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cânone 944) que
determina ao bispo diocesano que a providencie, onde for possível, "para
testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na
solenidade do Corpo e Sangue de Cristosacerdote.
Kerb
Kerb significa festa de inauguração da igreja, liga-se a religiosidade dos imigrantes alemães.
Sua origem volta-se ao veleiro "Cacilda" que se dirigia ao Brasil q quase naufragou. Os passageiros fizeram promessa, caso chegassem a seu destino, iam realizar uma festa em homenagem ao Santo do dia. Dom Pedro II sabendo do acontecido convidou os colonos alemães para virem ao RS no dia 29 de setembro de 1829, sendo o dia de São Miguel, tornando-se padroeiro da colônia.
Antigamente, em São Miguel de Dois Irmãos a festa era simbolizada por baú ou mala. Depois da cerimônia religiosa, o povo dirigia-se ao Salão de festas. Os festejos duravam três dias com baile. Geralmente é aberto com a Polonese.
Algumas localidades e Kerb é chamado de Kern, em Humaitá não faltam bolinhos de carne.
Quando a festa se prolonga além de três dias acontece o chamado Nach Kerb. São animados por bandinhas.
Oktoberfest
Nas insustentáveis desgraças, como a peste bulbônica, que interrompeu em Munique, os habeber atraíram multidões às ruas com danças e músicasa, elevando o anônimo de todos. Este fato deu origem à Oktoberfest, Festa de Outubro.
Alguns habeber, vindos para o Sul como imigrantes, fundaram a associação dos habeber ou bávaros de Porto Alegre, em 1902, no ano seguinte aconteceu a 1ª Oktoberfest.
Rei do Tiro
No RS, a festa do "Koniugschiessen", ou "Tiro-Rei", denomina-se Rei do Tiro e ocorre nas localidades de colonização alemã, onde há sociedade de atiradores, "Schutzenvereine".
Após realiza-se a competição de tiro ao alvo, o que fizer maior número de pontos, recebe o título de Rei do Tiro e os colocados em 2º e 3º lugares, serão 1º e 2º cavalheiros/ ou Condes e suas esposas, respectivamente Rainhas E Damas. O que fica em 4º lugar será o "mais pontos".
No dia aprazado tem baile com homenagem. Um cortejo vai a casa do Rei, para conduzí-lo ao salão de festas, onde rei e condes do ano anterior o aguardam.
O novo rei recebe faixa ou talabarte com placas dos premiados aos outros anos. Os cavalheiros recebem medalhas.
O Rei abre o baile com a Polonese, após os participantes formam a "grantcia" (grande roda), no centro dançam os Reis, Rainhas e depois os Condes com suas Damas. Dançam peças do folclore alemão, bebe-se chop e cerveja, é realizada anualmente.
Kerb
Kerb significa festa de inauguração da igreja, liga-se a religiosidade dos imigrantes alemães.
Sua origem volta-se ao veleiro "Cacilda" que se dirigia ao Brasil q quase naufragou. Os passageiros fizeram promessa, caso chegassem a seu destino, iam realizar uma festa em homenagem ao Santo do dia. Dom Pedro II sabendo do acontecido convidou os colonos alemães para virem ao RS no dia 29 de setembro de 1829, sendo o dia de São Miguel, tornando-se padroeiro da colônia.
Antigamente, em São Miguel de Dois Irmãos a festa era simbolizada por baú ou mala. Depois da cerimônia religiosa, o povo dirigia-se ao Salão de festas. Os festejos duravam três dias com baile. Geralmente é aberto com a Polonese.
Algumas localidades e Kerb é chamado de Kern, em Humaitá não faltam bolinhos de carne.
Quando a festa se prolonga além de três dias acontece o chamado Nach Kerb. São animados por bandinhas.
Oktoberfest
Nas insustentáveis desgraças, como a peste bulbônica, que interrompeu em Munique, os habeber atraíram multidões às ruas com danças e músicasa, elevando o anônimo de todos. Este fato deu origem à Oktoberfest, Festa de Outubro.
Alguns habeber, vindos para o Sul como imigrantes, fundaram a associação dos habeber ou bávaros de Porto Alegre, em 1902, no ano seguinte aconteceu a 1ª Oktoberfest.
Rei do Tiro
No RS, a festa do "Koniugschiessen", ou "Tiro-Rei", denomina-se Rei do Tiro e ocorre nas localidades de colonização alemã, onde há sociedade de atiradores, "Schutzenvereine".
Após realiza-se a competição de tiro ao alvo, o que fizer maior número de pontos, recebe o título de Rei do Tiro e os colocados em 2º e 3º lugares, serão 1º e 2º cavalheiros/ ou Condes e suas esposas, respectivamente Rainhas E Damas. O que fica em 4º lugar será o "mais pontos".
No dia aprazado tem baile com homenagem. Um cortejo vai a casa do Rei, para conduzí-lo ao salão de festas, onde rei e condes do ano anterior o aguardam.
O novo rei recebe faixa ou talabarte com placas dos premiados aos outros anos. Os cavalheiros recebem medalhas.
O Rei abre o baile com a Polonese, após os participantes formam a "grantcia" (grande roda), no centro dançam os Reis, Rainhas e depois os Condes com suas Damas. Dançam peças do folclore alemão, bebe-se chop e cerveja, é realizada anualmente.
Negros: Em 1737, o Brigadeiro Silva Pais, que vinha oficialmente fundar
o presídio militar Jesus Maria José (Rio Grande), trouxe entre seus homens,
inúmeros negros. A estes, juntaram-se os chegados anteriormente, sob o comando
de Cristóvão Pereira de Abreu. Os descendentes e demais, que se instalaram no
RS por circunstâncias diversas, desempenharam importante papel na formação e
defesa do Estado. Participaram das Guerras Guaraníticas, da Revolução
Farroupilha, da Guerra do Paraguai. A partir do surgimento do Estado Nacional
Brasileiro (1824), os negros combatentes receberam alforria. Eles estiveram
entre os primeiros tropeiros, peões e charqueadores. Envolvendo o escravo e o
período opressivo, corre a narrativa sobre o Negrinho do Pastoreio. Ele relata
o martírio do jovem negro, morto por maldade do seu senhor. As pessoas que
perdem objetos recorrem ao mártir, oferecendo uma velinha em pagamento da
promessa. Várias palavras de procedência africana integram-se ao vocabulário:
angu, cacimba, capenga, cachaça, batuque, lundu, mandinga, miçanga, samba, etc.
Certos instrumentos de percussão tem procedência negra: agê, maçaquaias,
atabaques. Há influência também no gosto pelos enfeites, berloques, brincos,
colares de guia e outros, bem como o uso de turbantes. Destaca-se igualmente, a
herança negra nos cultos religiosos: Umbanda, Quimbanda, Batuque ou Nação. Suas
divindades sincretizaram-se com os Santos do hagiológico católico. Durante a
procissão de Nossa senhora dos Navegantes, há quem preste homenagem a Iemanja;
também São Jorge, em sua festa é reverenciado pelos filhos de Ogum. A devoção a
Nossa Senhora do Rosário é demonstrada pelos negros na Congada e no Quicumbi. A
culinária, chamada africana, restringe-se à “comida de santo”.
Açorianos: A colonização portuguesa efetivou-se a partir de 1737 com a fundação do Presídio do Rio Grande. Os colonos estabeleceram-se na Estância Real do Bujuru, situada, aproximadamente, a 80 km do canal de Rio Grande. Habituados às lides do campo e lavoura, aqui prosseguiram nesta atividade, plantando e colhendo o que se consumia na estância, igualmente, no Forte Jesus, maria e José. Desde 1750, novos colonos aportaram no RS, oriundos das ilhas dos açores, cuja superpopulação preocupava o governo. Assim, a presença portuguesa tornou-se marcante em todos os aspectos da cultura sul-rio-grandense. Das inúmeras contribuições, destacam-se: casas de modelo de porta e janela; oratório, cama de tábua, arca, baú, candeeiro (iluminação de torcida de algodão), escolva de piaçaba, roca e tear, bordados, guardanapos de papel recortado. Apontam-se ainda, a instalação de complexos: atafona, alambique, engenho, monjolo, catavento. Nos transportes, a utilização de carretas, carroças e embarcações. Na indumentária, registram-se uso de chale, tamanco e saias rodadas. Provindas de Portugal, são conhecidas as histórias de Trancoso, Pedro Malazartes, fadas, anedotas, adivinhas, ditados, romances, xácaras, décimas, trovas, causos sobre mitos (lobisomem, bruxa, mula-sem-cabeça); crendices e superstições, cantigas de toda e acalantos, etc. Introduziram as festas de Nossa Senhora dos Navegantes, Corpus Christi, Divino Espírito Santo, Juninas e folguedos: Cavalhadas e Terno de Reis. A maioria dos ritos tradicionais do Estado procede da pátria portuguesa.
Espanhóis: A influência espanhola na formação étnica e cultural, no RS, é tão evidente e já exaustivamente estudada que não há necessidade de repeti-la insistentemente, porque se estaria repisando a própria história da formação e povoamento da terra rio-grandense. Esta importância alcança o próprio biótipo, na aparência somática, nas reações fisiológicas, nas manifestações do caráter, como diz o autor A. A. Gómez del Arroyo, e continua: “impossível ignorar a influência espanhola em nossa indumentária tradicional masculina; nos aperos de encilha, em muitas das nossas danças regionais, em nosso refraneiro popular, em nossa poesia, em nossa música e nos instrumentos que a transmitem, como o violão entre outro; em nosso linguajar característico, desde a entonação à prosódia, ao vocabulário campeiro, à própria interpretação semântica dos termos”. Outras correntes migratórias expressivas participaram di processo de formação das agentes do RS, como os uruguaios, libaneses, sírios, letões (da Letônia) e muitos mais de número inferior, que, conservando a identidade de seu grupo ou sincretizando-se, criaram novos valores, amalgamando as etnias e culturas. “A interpretação cultural vem-se fazendo, ao lado do cruzamento étnico, sem nenhuma resistência ao desenvolvimento do País; ao contrário: com a aceitação ou a permuta de padrões ou valores culturais, dentro do espírito cristão de tolerância e de fraternidade que o brasileiro se arraigou como a mais legítima herança espiritual do português colonizador”, enfatiza Manuel Diegues Junior.
Alemães: Apontam-se, como causas propulsoras à imigração alemã, as preocupações com o desenvolvimento econômico e demográfico. Os colonos chegaram ao RS em 1824. Novos grupos imigraram em datas posteriores, localizando-se, inicialmente, em São Leopoldo, Torres, e Três Forquilhas. Atualmente, a região colonial alemã estende-se pelo Vale dos Sinos e Rio Caí. Houve, a princípio, um retardamento de aculturação. Segundo Egon Schade, “A pequena propriedade, baseada no trabalho familiar, sem a necessidade de emprego da mão-de-obra nacional, foi responsável pela impermeabilidade da sociedade teuta.” Muitos imigrantes eram apenas agricultores, porém grande número tinha ofício definido (marceneiro, moleiro, ferreiro, alfaiate, pedreiro, etc.) Imprimiram um estilo arquitetônico nas igrejas e casas. Construíram, dentre outras, casas de enxaimel do tipo usado na Europa. Os móveis eram muito simples, de fabricação caseira e somente o estritamente necessário, hábito que seus descendentes ainda conservam. O “Koffe” (baú), peça indispensável, muitas vezes era usado para o transporte de haveres dos imigrantes, durante longas viagens. A lúdica, nas colônias, foi bastante exercitada, criando-se bandas, Sociedades de Canto, Tiro-ao-alvo e Bolão. Ainda hoje, realizam-se festas já transculturadas: Kerb, Oktober, Rei do Tiro. A alimentação embasa-se na carne de porco e batatas. Incorporaram-se, aos costumes gaúchos, a cerveja e o café colonial. Este, composto de vários tipos de pães, cucas, tortas, salgadinhos, embutidos, schmier, mel, queijos, Käseschmier, nata, etc. A colonização alemã é responsável pela introdução da árvore de Natal e dos Ninhos de Páscoa.
Italianos: Em 1875, a corrente imigratória iniciava seu destino em terras rio-grandenses. Vindas de diversas regiões da Itália e falando múltiplos dialetos, levas de imigrantes buscaram terras para o cultivo. Localizaram-se na região serrana (Encosta Superior do Nordeste). Enquanto as casas estavam em fase de construção, as famílias permaneciam num barracão coletivo. Construíram suas amplas casas nas encostas com um grande porão, utilizado para depósito e cantina. Na parte superior, ficava a residência; no sótão, guardavam-se o cereais e mantimentos, protegidos das intempéries. A cozinha, construía-se separada da casa, a fim de se evitarem incêndios. Ligava-se a esta por um alpendre. Faziam cobertura com “aduelas” ou “scandolas” (tabuinhas) e os beirais, enfeitados por “lambrequins” artisticamente recortados. Dedicaram-se à agricultura, em especial, à vinicultura. De seu artesanato, destacam-se a confecção de gaitas, garrafões de vidro e trabalhos em vime. Católicos fervorosos, conservam seus hábitos religiosos de rezar o terço, assistir missa, acompanhar procissões, etc. e por esse motivo, suas festam possuem caráter religioso: procissão de Corpus Christi, Romaria de Nossa Senhora do Caravaggio, Festa da Colheita, esta última animada por corais familiares. Nas estradas da região colonial, veem-se inúmeros capitéis (capelinhas) em homenagem aos mais diversos padroeiros; grutas, que com imagens de santos enfeitam os jardins das residências. Apreciadores da boa mesa, implantaram, na região serrana, seus hábitos alimentares, onde as massas com espessos molhos aparecem com destaque; spaghetti, agnolini, tortei, gnochi, capelleti e outros, são alguns dos nomes que aparecem nos cardápios ao lado da tradicional polenta, acompanhados de carne lessa, brodo (caldo de galinha), carne de porco e o galeto, criado no RS para substituir a passarinhada, tão ao gosto dos italianos. Entre seus costumes, observam-se os “filós” (serões) – espécie de mutirão para tarefas conjuntas, comemoração de alguma data ou fato (nascimento, batizado, aniversário, etc.). As boas safras e colheitas sempre forneceram motivo para festas que, invariavelmente, se iniciam com missa. Os bailes foram substituídos pelos jogos e competições esportivas. Torneios de bocha, mora, morina e inúmeros jogos de baralho como a “bisca”, o “trissete”, o “quatrilho”, o “cinquilho”, a “escova”, acompanhados por vinho e cantoria fazem a alegria das tardes festivas e domingueiras. Na literatura oral, corrente na colônia, aparece o Sanguanel, “homenzinho vermelho que rouba crianças, alimentando-as durante alguns dias, com mel e frutas silvestres, desenvolvendo-as incólumes sempre em lugares inacessíveis, como o alto de um pinheiro, moita de gravatás ou no sótão, dentro de uma caixa.
Índios: Dante de Laytano divide a cultura indígena rio-grandense em três ciclos distintos, a saber: CIVILIZAÇÃO DO SAMBAQUI – pré-histórica. Não deixou vestígios na vida cotidiana do gaúcho atual. CIVILIZAÇÃO DO DESCOBRIMENTO – do qual procedem os poucos traços culturais, vivos até nossos dias. CIVILIZAÇÃO DA ATUALIDADE – em vias de extinção. Aproximadamente 4000 pessoas vivem em precárias condições, concentradas em sete postos da FUNAI, tendo seus padrões culturais profundamente alterados. Para o presente estudo, interessam as contribuições dos diversos grupos de povoadores à cultura espontânea sul-rio-grandense. Buscando estas influências no cotidiano, percebe-se que o hábito mais arraigado do gaúcho constitui-se no uso do chimarrão. A erva-mate é autóctone da América Latina. Ao chegarem na cidade de Assunção, Paraguai (1737) onde fundaram um império teocrático, os jesuítas já encontraram índios, utilizando esta erva em infusão. Seu uso, embora considerado pecaminoso aos religiosos, alastrou-se pelas Missões Jesuíticas, intensificando-se a tal ponto que, após um século a população existente já o tinha assimilado. O índio miscigenou-se com o português e o castelhano. Nas fazendas da fronteira, tornou-se peão, participando da formação étnica e social da região. Entre outros conhecimentos, legou a técnica da coivara e o cultivo do milho, mandioca, batata-doce, abóbora, amendoim, pimenta, feijão e fumo. Também, o uso de utensílios como pilão, tipiti, gamela, peneira. Na indumentária sua principal contribuição foi o poncho que até hoje abriga os gaúchos. O andar em fila, comum entre as famílias do meio rural, descansar de cócoras, o mutirão, uso do fumo são costumes recebidos dos ancestrais indígenas. Grande quantidade de termos procedem do Tupi-guarani: anu, arara, biguá, capivara, abacate, araçá, cipó, capim, catapora, ipê, jacá, caipira, pitanga, pampa, peteca, etc. Na toponímia, figuram inúmeros termos legados: Caçapava, Jaguarão, Bagé, Canguçu, Botucaraí, Itapeva, Bojuru, Ibicuí, Ijuí, Taquari, etc. É significativo o número de antropônimos: Araci, Jaci, Ubirajara, Aimoré, Moema, Iara, Peri, etc. Circulam, na literatura popular, histórias de onça, macaco, bem como contos etiológicos de tradição indígena. Do ciclo missioneiro, registram-se várias narrativas, algumas envolvendo mitos: Mboi-guaçu, a Cobra Grande, batia o sino da igreja e alimentava-se de piás; Angüera, índio triste que após o seu batismo com o nome de Generoso, ficou alegre e dançador. Quando morreu, sua alma permaneceu na terra, fazendo travessuras. A casa branca sem portas, nem janelas que guarda tesouros dos jesuítas, permanece escondida e protegida por um índio velho, chamado Mbororé. Sepé Tiarajú, morto pelo governador de Montevidéu, a 19 de fevereiro de 1756, entrou para a história como líder guerreiro e, para a cultura espontânea, como santo popular, cantado em prosa e verso. Diz a tradição: após a morte do índio, o lunar que ele trazia à testa, posicionou-se no céu, junto a constelação Cruzeiro do Sul.
Poloneses: Durante 125 anos, os poloneses viveram sob o jugo da Prússia, da Rússia e da Áustria, que tudo fizeram para amordaçar, sub-julgar e aniquilar o povo polonês. Rebelaram-se e lutaram com todas as suas forças contra esse domínio. Quando a situação atingiu um auge insuportável, buscaram nova vida em outros países, através da imigração. Em 1875, chegaram ao RS, vindos da região dominada pela Prússia, as primeiras 26 famílias polonesas, assentadas na Colônia Conde D'Eu (Garibaldi). Em 1884 outro grupo foi encaminhado para Colônia Princesa Isabel, atualmente Santa Teresa, distrito de Bento Gonçalves. A partir de 1888, iludidos por promessas de agentes de companhias de navegação aportaram levas de imigrantes, que aqui chegavam sem dinheiro, sem aclimatação e sem o indispensável apoio espiritual de um padre. Entregues à própria sorte, tiveram que lutar contra inúmeros fatores adversos, enfrentando inclusive epidemias de tifo e escarlatina. Estabeleceram-se em Antônio Prado, Alfredo Chaves, São Marcos, Nova Prata, Bento Gonçalves, Guarani das Missões, Mariana Pimentel, Seberi, Don Feliciano e outros municípios. Todos eram católicos fervorosos, mas por serem oriundos de diferentes regiões (um grupo vinha da zona de dominação prussiana e, outro, de dominação russa) possuíam, além de hábitos e costumes, dialetos e sotaques diferentes. Permanece vivo o hábito de assistir missa; os homens postados à esquerda e, as mulheres à direita de quem entra na igreja, ou seja, os homens do lado do evangelho e as mulheres do lado da epístola. Ao término da cerimônia, todos se cumprimentam fraternalmente. Possuem e conservam suas tradições, transmitidas aos mais jovens. Inúmeros grupos ensaiam e apresentam ao público belíssimas danças polonesas, trajando vistosos trajes típicos, e tanto adultos como crianças cantam suas canções em polonês.
Judeus: Ao raiar deste século, a poderosa organização “Jewish Colonization Association” (JCA ou ICA) que operava com verba de judeus franceses e ingleses promoveu a imigração semita para o Rio Grande do Sul. Em 1902, a JCA adquiriu terras no município de Santa Maria, onde a partir de 1904, viriam se estabelecer Judeus, procedentes da Bessarábia, fundando assim a Colônia Filipson. Posteriormente, a mesma JCA comprou novas terras, aproximadamente 95.000 há no município de Passo Fundo, lá fundando a Colônia Quatro Irmãos. Estas não progrediram conforme o esperado. Inúmeras dificuldades, tais como longas estiagens impossibilitaram, no início, o assentamento dos colonos na área rural. Seguidamente, já dominando alguma tecnologia, mandavam os filhos comerciar os produtos nas cidades a estes atraídos pelos centros maiores, lá iam permanecendo, buscando parentes já idosos das fazendas, que se iam esvaziando à falta de braços jovens. A chegada dos judeus geralmente era feita (e ainda o é) em grupos que se vão espalhando, sobretudo, nos lugares onde existiam outros patrocínios. Eles mantêm sua unidade através da religgião e sua “língua”, o Yddish, uma espécie de jargão hebreu-alemão (Grupo Ashkenazim). Conservam suas festas cíclicas como a Páscoa e o Yon Kipur de grande solenidade anual. Formam associações beneficentes e religiosas. Reúnem-se em comunidades, quase sempre nos grandes centros urbanos. Vindos para terras brasileiras desde o começo da colonização, os judeus atualmente estão inteiramente integrados dedicando-se a toda a espécie de atividade.
Açorianos: A colonização portuguesa efetivou-se a partir de 1737 com a fundação do Presídio do Rio Grande. Os colonos estabeleceram-se na Estância Real do Bujuru, situada, aproximadamente, a 80 km do canal de Rio Grande. Habituados às lides do campo e lavoura, aqui prosseguiram nesta atividade, plantando e colhendo o que se consumia na estância, igualmente, no Forte Jesus, maria e José. Desde 1750, novos colonos aportaram no RS, oriundos das ilhas dos açores, cuja superpopulação preocupava o governo. Assim, a presença portuguesa tornou-se marcante em todos os aspectos da cultura sul-rio-grandense. Das inúmeras contribuições, destacam-se: casas de modelo de porta e janela; oratório, cama de tábua, arca, baú, candeeiro (iluminação de torcida de algodão), escolva de piaçaba, roca e tear, bordados, guardanapos de papel recortado. Apontam-se ainda, a instalação de complexos: atafona, alambique, engenho, monjolo, catavento. Nos transportes, a utilização de carretas, carroças e embarcações. Na indumentária, registram-se uso de chale, tamanco e saias rodadas. Provindas de Portugal, são conhecidas as histórias de Trancoso, Pedro Malazartes, fadas, anedotas, adivinhas, ditados, romances, xácaras, décimas, trovas, causos sobre mitos (lobisomem, bruxa, mula-sem-cabeça); crendices e superstições, cantigas de toda e acalantos, etc. Introduziram as festas de Nossa Senhora dos Navegantes, Corpus Christi, Divino Espírito Santo, Juninas e folguedos: Cavalhadas e Terno de Reis. A maioria dos ritos tradicionais do Estado procede da pátria portuguesa.
Espanhóis: A influência espanhola na formação étnica e cultural, no RS, é tão evidente e já exaustivamente estudada que não há necessidade de repeti-la insistentemente, porque se estaria repisando a própria história da formação e povoamento da terra rio-grandense. Esta importância alcança o próprio biótipo, na aparência somática, nas reações fisiológicas, nas manifestações do caráter, como diz o autor A. A. Gómez del Arroyo, e continua: “impossível ignorar a influência espanhola em nossa indumentária tradicional masculina; nos aperos de encilha, em muitas das nossas danças regionais, em nosso refraneiro popular, em nossa poesia, em nossa música e nos instrumentos que a transmitem, como o violão entre outro; em nosso linguajar característico, desde a entonação à prosódia, ao vocabulário campeiro, à própria interpretação semântica dos termos”. Outras correntes migratórias expressivas participaram di processo de formação das agentes do RS, como os uruguaios, libaneses, sírios, letões (da Letônia) e muitos mais de número inferior, que, conservando a identidade de seu grupo ou sincretizando-se, criaram novos valores, amalgamando as etnias e culturas. “A interpretação cultural vem-se fazendo, ao lado do cruzamento étnico, sem nenhuma resistência ao desenvolvimento do País; ao contrário: com a aceitação ou a permuta de padrões ou valores culturais, dentro do espírito cristão de tolerância e de fraternidade que o brasileiro se arraigou como a mais legítima herança espiritual do português colonizador”, enfatiza Manuel Diegues Junior.
Alemães: Apontam-se, como causas propulsoras à imigração alemã, as preocupações com o desenvolvimento econômico e demográfico. Os colonos chegaram ao RS em 1824. Novos grupos imigraram em datas posteriores, localizando-se, inicialmente, em São Leopoldo, Torres, e Três Forquilhas. Atualmente, a região colonial alemã estende-se pelo Vale dos Sinos e Rio Caí. Houve, a princípio, um retardamento de aculturação. Segundo Egon Schade, “A pequena propriedade, baseada no trabalho familiar, sem a necessidade de emprego da mão-de-obra nacional, foi responsável pela impermeabilidade da sociedade teuta.” Muitos imigrantes eram apenas agricultores, porém grande número tinha ofício definido (marceneiro, moleiro, ferreiro, alfaiate, pedreiro, etc.) Imprimiram um estilo arquitetônico nas igrejas e casas. Construíram, dentre outras, casas de enxaimel do tipo usado na Europa. Os móveis eram muito simples, de fabricação caseira e somente o estritamente necessário, hábito que seus descendentes ainda conservam. O “Koffe” (baú), peça indispensável, muitas vezes era usado para o transporte de haveres dos imigrantes, durante longas viagens. A lúdica, nas colônias, foi bastante exercitada, criando-se bandas, Sociedades de Canto, Tiro-ao-alvo e Bolão. Ainda hoje, realizam-se festas já transculturadas: Kerb, Oktober, Rei do Tiro. A alimentação embasa-se na carne de porco e batatas. Incorporaram-se, aos costumes gaúchos, a cerveja e o café colonial. Este, composto de vários tipos de pães, cucas, tortas, salgadinhos, embutidos, schmier, mel, queijos, Käseschmier, nata, etc. A colonização alemã é responsável pela introdução da árvore de Natal e dos Ninhos de Páscoa.
Italianos: Em 1875, a corrente imigratória iniciava seu destino em terras rio-grandenses. Vindas de diversas regiões da Itália e falando múltiplos dialetos, levas de imigrantes buscaram terras para o cultivo. Localizaram-se na região serrana (Encosta Superior do Nordeste). Enquanto as casas estavam em fase de construção, as famílias permaneciam num barracão coletivo. Construíram suas amplas casas nas encostas com um grande porão, utilizado para depósito e cantina. Na parte superior, ficava a residência; no sótão, guardavam-se o cereais e mantimentos, protegidos das intempéries. A cozinha, construía-se separada da casa, a fim de se evitarem incêndios. Ligava-se a esta por um alpendre. Faziam cobertura com “aduelas” ou “scandolas” (tabuinhas) e os beirais, enfeitados por “lambrequins” artisticamente recortados. Dedicaram-se à agricultura, em especial, à vinicultura. De seu artesanato, destacam-se a confecção de gaitas, garrafões de vidro e trabalhos em vime. Católicos fervorosos, conservam seus hábitos religiosos de rezar o terço, assistir missa, acompanhar procissões, etc. e por esse motivo, suas festam possuem caráter religioso: procissão de Corpus Christi, Romaria de Nossa Senhora do Caravaggio, Festa da Colheita, esta última animada por corais familiares. Nas estradas da região colonial, veem-se inúmeros capitéis (capelinhas) em homenagem aos mais diversos padroeiros; grutas, que com imagens de santos enfeitam os jardins das residências. Apreciadores da boa mesa, implantaram, na região serrana, seus hábitos alimentares, onde as massas com espessos molhos aparecem com destaque; spaghetti, agnolini, tortei, gnochi, capelleti e outros, são alguns dos nomes que aparecem nos cardápios ao lado da tradicional polenta, acompanhados de carne lessa, brodo (caldo de galinha), carne de porco e o galeto, criado no RS para substituir a passarinhada, tão ao gosto dos italianos. Entre seus costumes, observam-se os “filós” (serões) – espécie de mutirão para tarefas conjuntas, comemoração de alguma data ou fato (nascimento, batizado, aniversário, etc.). As boas safras e colheitas sempre forneceram motivo para festas que, invariavelmente, se iniciam com missa. Os bailes foram substituídos pelos jogos e competições esportivas. Torneios de bocha, mora, morina e inúmeros jogos de baralho como a “bisca”, o “trissete”, o “quatrilho”, o “cinquilho”, a “escova”, acompanhados por vinho e cantoria fazem a alegria das tardes festivas e domingueiras. Na literatura oral, corrente na colônia, aparece o Sanguanel, “homenzinho vermelho que rouba crianças, alimentando-as durante alguns dias, com mel e frutas silvestres, desenvolvendo-as incólumes sempre em lugares inacessíveis, como o alto de um pinheiro, moita de gravatás ou no sótão, dentro de uma caixa.
Índios: Dante de Laytano divide a cultura indígena rio-grandense em três ciclos distintos, a saber: CIVILIZAÇÃO DO SAMBAQUI – pré-histórica. Não deixou vestígios na vida cotidiana do gaúcho atual. CIVILIZAÇÃO DO DESCOBRIMENTO – do qual procedem os poucos traços culturais, vivos até nossos dias. CIVILIZAÇÃO DA ATUALIDADE – em vias de extinção. Aproximadamente 4000 pessoas vivem em precárias condições, concentradas em sete postos da FUNAI, tendo seus padrões culturais profundamente alterados. Para o presente estudo, interessam as contribuições dos diversos grupos de povoadores à cultura espontânea sul-rio-grandense. Buscando estas influências no cotidiano, percebe-se que o hábito mais arraigado do gaúcho constitui-se no uso do chimarrão. A erva-mate é autóctone da América Latina. Ao chegarem na cidade de Assunção, Paraguai (1737) onde fundaram um império teocrático, os jesuítas já encontraram índios, utilizando esta erva em infusão. Seu uso, embora considerado pecaminoso aos religiosos, alastrou-se pelas Missões Jesuíticas, intensificando-se a tal ponto que, após um século a população existente já o tinha assimilado. O índio miscigenou-se com o português e o castelhano. Nas fazendas da fronteira, tornou-se peão, participando da formação étnica e social da região. Entre outros conhecimentos, legou a técnica da coivara e o cultivo do milho, mandioca, batata-doce, abóbora, amendoim, pimenta, feijão e fumo. Também, o uso de utensílios como pilão, tipiti, gamela, peneira. Na indumentária sua principal contribuição foi o poncho que até hoje abriga os gaúchos. O andar em fila, comum entre as famílias do meio rural, descansar de cócoras, o mutirão, uso do fumo são costumes recebidos dos ancestrais indígenas. Grande quantidade de termos procedem do Tupi-guarani: anu, arara, biguá, capivara, abacate, araçá, cipó, capim, catapora, ipê, jacá, caipira, pitanga, pampa, peteca, etc. Na toponímia, figuram inúmeros termos legados: Caçapava, Jaguarão, Bagé, Canguçu, Botucaraí, Itapeva, Bojuru, Ibicuí, Ijuí, Taquari, etc. É significativo o número de antropônimos: Araci, Jaci, Ubirajara, Aimoré, Moema, Iara, Peri, etc. Circulam, na literatura popular, histórias de onça, macaco, bem como contos etiológicos de tradição indígena. Do ciclo missioneiro, registram-se várias narrativas, algumas envolvendo mitos: Mboi-guaçu, a Cobra Grande, batia o sino da igreja e alimentava-se de piás; Angüera, índio triste que após o seu batismo com o nome de Generoso, ficou alegre e dançador. Quando morreu, sua alma permaneceu na terra, fazendo travessuras. A casa branca sem portas, nem janelas que guarda tesouros dos jesuítas, permanece escondida e protegida por um índio velho, chamado Mbororé. Sepé Tiarajú, morto pelo governador de Montevidéu, a 19 de fevereiro de 1756, entrou para a história como líder guerreiro e, para a cultura espontânea, como santo popular, cantado em prosa e verso. Diz a tradição: após a morte do índio, o lunar que ele trazia à testa, posicionou-se no céu, junto a constelação Cruzeiro do Sul.
Poloneses: Durante 125 anos, os poloneses viveram sob o jugo da Prússia, da Rússia e da Áustria, que tudo fizeram para amordaçar, sub-julgar e aniquilar o povo polonês. Rebelaram-se e lutaram com todas as suas forças contra esse domínio. Quando a situação atingiu um auge insuportável, buscaram nova vida em outros países, através da imigração. Em 1875, chegaram ao RS, vindos da região dominada pela Prússia, as primeiras 26 famílias polonesas, assentadas na Colônia Conde D'Eu (Garibaldi). Em 1884 outro grupo foi encaminhado para Colônia Princesa Isabel, atualmente Santa Teresa, distrito de Bento Gonçalves. A partir de 1888, iludidos por promessas de agentes de companhias de navegação aportaram levas de imigrantes, que aqui chegavam sem dinheiro, sem aclimatação e sem o indispensável apoio espiritual de um padre. Entregues à própria sorte, tiveram que lutar contra inúmeros fatores adversos, enfrentando inclusive epidemias de tifo e escarlatina. Estabeleceram-se em Antônio Prado, Alfredo Chaves, São Marcos, Nova Prata, Bento Gonçalves, Guarani das Missões, Mariana Pimentel, Seberi, Don Feliciano e outros municípios. Todos eram católicos fervorosos, mas por serem oriundos de diferentes regiões (um grupo vinha da zona de dominação prussiana e, outro, de dominação russa) possuíam, além de hábitos e costumes, dialetos e sotaques diferentes. Permanece vivo o hábito de assistir missa; os homens postados à esquerda e, as mulheres à direita de quem entra na igreja, ou seja, os homens do lado do evangelho e as mulheres do lado da epístola. Ao término da cerimônia, todos se cumprimentam fraternalmente. Possuem e conservam suas tradições, transmitidas aos mais jovens. Inúmeros grupos ensaiam e apresentam ao público belíssimas danças polonesas, trajando vistosos trajes típicos, e tanto adultos como crianças cantam suas canções em polonês.
Judeus: Ao raiar deste século, a poderosa organização “Jewish Colonization Association” (JCA ou ICA) que operava com verba de judeus franceses e ingleses promoveu a imigração semita para o Rio Grande do Sul. Em 1902, a JCA adquiriu terras no município de Santa Maria, onde a partir de 1904, viriam se estabelecer Judeus, procedentes da Bessarábia, fundando assim a Colônia Filipson. Posteriormente, a mesma JCA comprou novas terras, aproximadamente 95.000 há no município de Passo Fundo, lá fundando a Colônia Quatro Irmãos. Estas não progrediram conforme o esperado. Inúmeras dificuldades, tais como longas estiagens impossibilitaram, no início, o assentamento dos colonos na área rural. Seguidamente, já dominando alguma tecnologia, mandavam os filhos comerciar os produtos nas cidades a estes atraídos pelos centros maiores, lá iam permanecendo, buscando parentes já idosos das fazendas, que se iam esvaziando à falta de braços jovens. A chegada dos judeus geralmente era feita (e ainda o é) em grupos que se vão espalhando, sobretudo, nos lugares onde existiam outros patrocínios. Eles mantêm sua unidade através da religgião e sua “língua”, o Yddish, uma espécie de jargão hebreu-alemão (Grupo Ashkenazim). Conservam suas festas cíclicas como a Páscoa e o Yon Kipur de grande solenidade anual. Formam associações beneficentes e religiosas. Reúnem-se em comunidades, quase sempre nos grandes centros urbanos. Vindos para terras brasileiras desde o começo da colonização, os judeus atualmente estão inteiramente integrados dedicando-se a toda a espécie de atividade.
Vacabulario gaucho
A cabresto - animal puxado por um gaúcho montado em outro cavalo.
Alambrador - profissional que faz cercas de arame (ou aramado).
Aparte - separação de uma rês, geralmente feita por dois campeiros em disparada.
Aperos - o conjunto de buçal, freio, rédeas, cabeçada, maneia e peiteira.
Aporreado - o animal cavalar que não se amansa mais.
Apresilhado - preso, abotoado.
Aranha - tipo de charrete, porém com rodas altas de madeira e chapas de ferro.
Arreador - tipo de relho, composto de cabo de madeira, com ou sem gancho na base, e açoiteira longa e trançada de couro cru, próprios para tropeiros.
Arreios - conjunto total das peças que vão sobre um cavalo para acomodação do campeiro.
Açoiteira - trança de couro cru, de dois ou mais metros de comprimento, com uma ponteira de couro ou cabelo de cavalo na extremidade, que servem para produzir forte estalo, do uso dos tropeiros.
Badana - peça de couro fino e curtido, que vai sobre os pelegos e por baixo da sobre-cincha, mais usada no verão.
Boia - comida.
Bocal - 3 a 4 voltas de uma tira de couro bem sovado em torno do queixo de um redomão, na 1ª fase da doma tradicional.
Buçal - peça forte para prender pela cabeça o redomão ou cavalo manso; compõe-se de buçal e cabresto (este chamado de Cabo, na Serra).
Buçalete - buçal simples e leve.
Brete - parte estreita e vital de um conjunto de mangueiras, que serve para confinar os animais para serem trabalhados.
Bruaca - grande bolsa de couro cru para transporte de mercadorias ou utensílios variados, em lombos de animais, em geral burros ou mulas.
Cambona (Chocolateira ou Pichorra) - recipiente de folha para esquentar água durante as tropeadas ou em fogos de chão dos galpões.
Campeiro - quem conhece muito bem as lidas de campo.
Camucim - tipo de relho, com cabo de madeira e três tranças de couro cru, com botões de couro nas extremidades.
Cangalha - tipo de serigote grosseiro que, acomodada sobre os lombos dos animais, serve para equilibrar duas bruacas, uma de cada lado.
Capataz - o representante do patrão, numa estância, numa tropeada ou em outros serviços.
Carnal - a parte de dentro do couro.
Carona - peça de sola que serve para proteção do lombo dos animais de montaria, vai entre o enxergão e o basto.
Cincha - conjunto composto de travessão, barrigueira, látego, sobre-látego e cinchador, que, passado sob a barriga do cavalo, serve para prender o lombilho.
Cinchão - igual a cincha, porém mais fino, serve para firmar os pelegos e para prender o laço pela presilha.
Cinchador - pequena peça composta de suas argolas, sem destorcedor, presa às argolas da cincha ou do cinchão, para prender o laço.
Cócegas - o que o animal sente em locais mais sensíveis: virilhas, paletas, sovacos, etc.
Cordas - denominação vulgar e generalizada de qualquer utensílio feito de couro cru.
Corredor - pequena peça trançada em voltas, que serve como embelezamento, revestimento e arremate de trabalhos em couro cru, ou estrada de chão entre duas cercas,
Culatra - a parte traseira de uma tropa.
Curro - pequena mangueira, situada entre as mangueiras grandes e o brete, que serve para facilitar o acesso ao último, mas missões e a serra chamado de seringa.
Domador - o profissional que amansa animais para montaria (não confundir com o ginete que, por ser exímio cavaleiro, monta apenas para demonstrações ou para concorrer).
Eguada - o mesmo que manada.
Encilha - o conjunto total dos arreios.
Escorredor - pequena mangueira de piso cimentado ou lajeado, situada na saída do banheiro, para recolher e devolver ao mesmo banheiro o excesso de líquido que escorre dos animais banhados.
Enxergão (ou xergão) - peça dos arreios, de lã ou algodão, que vai direto no lombo dos animais, para protegê-lo da carona.
Estouro de Tropa - disparada total de uma tropa ou de um rodeio.
Estribos - peças de metal presas aos serigotes pelos loros, para apoio dos pés dos campeiros.
Falhada - a vaca que foi coberta mas que não ficou prenha.
Flanco - lateral de uma tropa ou rodeio em marcha.
Garras - as extremidades do couro, que cobrem os membros e a cabeça.
Ginete - o gaúcho que aguenta os corcovos dos animais, sem cair facilmente.
Guinchos - grunhidos emitidos por equinos imobilizados fortemente ao tentarem desesperadamente a liberdade.
Ilhapa - parte do laço, de aproximadamente 1 braça, entre a argola e o corpo do laço.
Laço - corda de 10 a 12 braças de comprimento, trançada com 4, 6 ou 8 tentos de couro cru, composta de: argola, ilhapa, corpo e presilha.
Látego - tira de couro cru presa à argola do travessão, no lado demontar, que serve para unir a argola da cincha à argola daquele.
Loro - peça de sola, couro cru, liso ou trançado, que prende o estribo ao basto, ou lombilho ou serigote.
Maneador - tira de couro cru, de aproximadamente 3 com de largura e 6 a 8 braças de comprimento, que serve para tirar as cócegas do potro ou redomão.
Mango - tipo de relho; cabo de madeira, simples ou retovada de couro cru, e palma de couro cru de aproximadamente 6 cm de largura e comprimento de até 1 metro.
Marcação - época em que são marcados os terneiros; é considerado um trabalho festivo.
Maturrango - o homem que anda a cavalo muito mal.
Munício - alimentos para uma viagem.
Orelhado - o potro seguro firmemente pelas orelhas, para o domador montá-lo pela primeira vez.
Palanque - poste de madeira, grosso e forte, para prender os animais em fase inicial de doma.
Paleteada (pexada de um só cavalo) - cavaleiro na paleta de uma rês. A paleteada geralmente é executada por um só campeiro pois acontece quando uma rês teima em disparar numa só direção fixa; se for para a esquerda o gaúcho encostará seu cavalo na paleta esquerda da rês e irá comandando seu pingo: quando a rês tentar fugir por baixo do pescoço do cavalo o campeiro atropela um pouco e, quando a rês tentar recuar para escapar-se por trás do cavalo o gaúcho segurará um pouquinho; assim vai o campeiro empurrando a rês pela paleta. É uma operação dificílima mas lindíssima quando o cavalo é bom e o campeiro melhor ainda.
Palma - parte chata, de couro cru, da extremidade do mango ou do rabo de tatu.
Peão de tropa - o que se empolga com o tropeiro.
Peiteira - peça dos arreios que vai em torno do pescoço e peito dos animais de montaria para evitar que o conjunto todo dos arreios se desloque para trás.
Pelego - peça dos arreios, feita de peles de ovelhas e que servem para comodidade dos cavaleiros.
Pelos - a cor dos animais de pelo.
Pealo - laçar só os membros anteriores do animais (que os gaúchos denominam de "mãos); na serra também chamam de Pealo a laçada nas patas traseiras.
Pingo - maneira carinhosa do gaúcho chamar seu cavalo.
Ponta - a parte da frente d tropa ou de um Rodeio em marcha.
Potro - animal xucro, que está por ser domado.
Presilha - pequena peça composta de alça torcida e botão de couro cru afixada em laços, sovéus, buçais, etc. para prende-los em locais adequados.
Próprio - o mesmo que mensageiro.
Queixo quebrado - quando o redomão passa a obedecer ao comando do domador; apesar da suspeitosa expressão, o queixo do animal não é quebrado.
Rabo-de-tatu - tipo de relho, trançado; a partir da palma a trança de 4 tentos vai até uma argola grande e volta, sempre trançando, por cima da fase anterior, engrossando a parte do cabo.
Reculuta - ato de "reculutar" (buscar, reaver) algum gado extraviado em estâncias vizinhas.
Redomão / Redomona - animais cavalares em fase de doma.
Refugo - o pior animal de uma tropa ou o ato de refugar (separar, apartar) um ou vários animais de inferior qualidade.
Rodeio - local onde se reúne o gado ou o lote de gado existente em cada invernada.
Roncolho - animal com um só testículo.
Ronda - vigilância feita por um ou mais tropeiros, para que a tropa não se extravie, quando estiver posando em campo aberto.
Seringa - termo usado nas missões e serra, o mesmo que curro.
Sobre cincha - similar ao cinchão, porém bem mais fina, somente para fixar os pelegos.
Sobre látego - tira de couro cru, que prende o travessão à barrigueira da cincha fica permanentemente amarrado, no lado oposto ao de montar cavalo.
Soga - corda de couro cru, chata, ou de fibra, de 8 a 10 metros de comprimento, para manter preso o animal, em local que possa pastar.
Sovéu - tipo de laço, grosso e forte, porém é feito de três pernas torcidas isoladas e após interligadas.
Travessão - parte da cincha, de couro cru ou sola grossa, retangular, de aproximadamente 40 por 20 cm, com argolas grandes nas extremidades.
Tronco - tipo de tesoura grande, de madeira muito forte, acoplada ao brete, para imobilizar a rês pelo pescoço ou na altura das virilhas.
Tropa - quantidade de animais (gado, porcos e até perus) em viagem.
Tropeiro - encarregado de conduzir as tropas.
Vaqueano - homem muito conhecedor de determinada coisa, especialmente regiões e estradas.
Alambrador - profissional que faz cercas de arame (ou aramado).
Aparte - separação de uma rês, geralmente feita por dois campeiros em disparada.
Aperos - o conjunto de buçal, freio, rédeas, cabeçada, maneia e peiteira.
Aporreado - o animal cavalar que não se amansa mais.
Apresilhado - preso, abotoado.
Aranha - tipo de charrete, porém com rodas altas de madeira e chapas de ferro.
Arreador - tipo de relho, composto de cabo de madeira, com ou sem gancho na base, e açoiteira longa e trançada de couro cru, próprios para tropeiros.
Arreios - conjunto total das peças que vão sobre um cavalo para acomodação do campeiro.
Açoiteira - trança de couro cru, de dois ou mais metros de comprimento, com uma ponteira de couro ou cabelo de cavalo na extremidade, que servem para produzir forte estalo, do uso dos tropeiros.
Badana - peça de couro fino e curtido, que vai sobre os pelegos e por baixo da sobre-cincha, mais usada no verão.
Boia - comida.
Bocal - 3 a 4 voltas de uma tira de couro bem sovado em torno do queixo de um redomão, na 1ª fase da doma tradicional.
Buçal - peça forte para prender pela cabeça o redomão ou cavalo manso; compõe-se de buçal e cabresto (este chamado de Cabo, na Serra).
Buçalete - buçal simples e leve.
Brete - parte estreita e vital de um conjunto de mangueiras, que serve para confinar os animais para serem trabalhados.
Bruaca - grande bolsa de couro cru para transporte de mercadorias ou utensílios variados, em lombos de animais, em geral burros ou mulas.
Cambona (Chocolateira ou Pichorra) - recipiente de folha para esquentar água durante as tropeadas ou em fogos de chão dos galpões.
Campeiro - quem conhece muito bem as lidas de campo.
Camucim - tipo de relho, com cabo de madeira e três tranças de couro cru, com botões de couro nas extremidades.
Cangalha - tipo de serigote grosseiro que, acomodada sobre os lombos dos animais, serve para equilibrar duas bruacas, uma de cada lado.
Capataz - o representante do patrão, numa estância, numa tropeada ou em outros serviços.
Carnal - a parte de dentro do couro.
Carona - peça de sola que serve para proteção do lombo dos animais de montaria, vai entre o enxergão e o basto.
Cincha - conjunto composto de travessão, barrigueira, látego, sobre-látego e cinchador, que, passado sob a barriga do cavalo, serve para prender o lombilho.
Cinchão - igual a cincha, porém mais fino, serve para firmar os pelegos e para prender o laço pela presilha.
Cinchador - pequena peça composta de suas argolas, sem destorcedor, presa às argolas da cincha ou do cinchão, para prender o laço.
Cócegas - o que o animal sente em locais mais sensíveis: virilhas, paletas, sovacos, etc.
Cordas - denominação vulgar e generalizada de qualquer utensílio feito de couro cru.
Corredor - pequena peça trançada em voltas, que serve como embelezamento, revestimento e arremate de trabalhos em couro cru, ou estrada de chão entre duas cercas,
Culatra - a parte traseira de uma tropa.
Curro - pequena mangueira, situada entre as mangueiras grandes e o brete, que serve para facilitar o acesso ao último, mas missões e a serra chamado de seringa.
Domador - o profissional que amansa animais para montaria (não confundir com o ginete que, por ser exímio cavaleiro, monta apenas para demonstrações ou para concorrer).
Eguada - o mesmo que manada.
Encilha - o conjunto total dos arreios.
Escorredor - pequena mangueira de piso cimentado ou lajeado, situada na saída do banheiro, para recolher e devolver ao mesmo banheiro o excesso de líquido que escorre dos animais banhados.
Enxergão (ou xergão) - peça dos arreios, de lã ou algodão, que vai direto no lombo dos animais, para protegê-lo da carona.
Estouro de Tropa - disparada total de uma tropa ou de um rodeio.
Estribos - peças de metal presas aos serigotes pelos loros, para apoio dos pés dos campeiros.
Falhada - a vaca que foi coberta mas que não ficou prenha.
Flanco - lateral de uma tropa ou rodeio em marcha.
Garras - as extremidades do couro, que cobrem os membros e a cabeça.
Ginete - o gaúcho que aguenta os corcovos dos animais, sem cair facilmente.
Guinchos - grunhidos emitidos por equinos imobilizados fortemente ao tentarem desesperadamente a liberdade.
Ilhapa - parte do laço, de aproximadamente 1 braça, entre a argola e o corpo do laço.
Laço - corda de 10 a 12 braças de comprimento, trançada com 4, 6 ou 8 tentos de couro cru, composta de: argola, ilhapa, corpo e presilha.
Látego - tira de couro cru presa à argola do travessão, no lado demontar, que serve para unir a argola da cincha à argola daquele.
Loro - peça de sola, couro cru, liso ou trançado, que prende o estribo ao basto, ou lombilho ou serigote.
Maneador - tira de couro cru, de aproximadamente 3 com de largura e 6 a 8 braças de comprimento, que serve para tirar as cócegas do potro ou redomão.
Mango - tipo de relho; cabo de madeira, simples ou retovada de couro cru, e palma de couro cru de aproximadamente 6 cm de largura e comprimento de até 1 metro.
Marcação - época em que são marcados os terneiros; é considerado um trabalho festivo.
Maturrango - o homem que anda a cavalo muito mal.
Munício - alimentos para uma viagem.
Orelhado - o potro seguro firmemente pelas orelhas, para o domador montá-lo pela primeira vez.
Palanque - poste de madeira, grosso e forte, para prender os animais em fase inicial de doma.
Paleteada (pexada de um só cavalo) - cavaleiro na paleta de uma rês. A paleteada geralmente é executada por um só campeiro pois acontece quando uma rês teima em disparar numa só direção fixa; se for para a esquerda o gaúcho encostará seu cavalo na paleta esquerda da rês e irá comandando seu pingo: quando a rês tentar fugir por baixo do pescoço do cavalo o campeiro atropela um pouco e, quando a rês tentar recuar para escapar-se por trás do cavalo o gaúcho segurará um pouquinho; assim vai o campeiro empurrando a rês pela paleta. É uma operação dificílima mas lindíssima quando o cavalo é bom e o campeiro melhor ainda.
Palma - parte chata, de couro cru, da extremidade do mango ou do rabo de tatu.
Peão de tropa - o que se empolga com o tropeiro.
Peiteira - peça dos arreios que vai em torno do pescoço e peito dos animais de montaria para evitar que o conjunto todo dos arreios se desloque para trás.
Pelego - peça dos arreios, feita de peles de ovelhas e que servem para comodidade dos cavaleiros.
Pelos - a cor dos animais de pelo.
Pealo - laçar só os membros anteriores do animais (que os gaúchos denominam de "mãos); na serra também chamam de Pealo a laçada nas patas traseiras.
Pingo - maneira carinhosa do gaúcho chamar seu cavalo.
Ponta - a parte da frente d tropa ou de um Rodeio em marcha.
Potro - animal xucro, que está por ser domado.
Presilha - pequena peça composta de alça torcida e botão de couro cru afixada em laços, sovéus, buçais, etc. para prende-los em locais adequados.
Próprio - o mesmo que mensageiro.
Queixo quebrado - quando o redomão passa a obedecer ao comando do domador; apesar da suspeitosa expressão, o queixo do animal não é quebrado.
Rabo-de-tatu - tipo de relho, trançado; a partir da palma a trança de 4 tentos vai até uma argola grande e volta, sempre trançando, por cima da fase anterior, engrossando a parte do cabo.
Reculuta - ato de "reculutar" (buscar, reaver) algum gado extraviado em estâncias vizinhas.
Redomão / Redomona - animais cavalares em fase de doma.
Refugo - o pior animal de uma tropa ou o ato de refugar (separar, apartar) um ou vários animais de inferior qualidade.
Rodeio - local onde se reúne o gado ou o lote de gado existente em cada invernada.
Roncolho - animal com um só testículo.
Ronda - vigilância feita por um ou mais tropeiros, para que a tropa não se extravie, quando estiver posando em campo aberto.
Seringa - termo usado nas missões e serra, o mesmo que curro.
Sobre cincha - similar ao cinchão, porém bem mais fina, somente para fixar os pelegos.
Sobre látego - tira de couro cru, que prende o travessão à barrigueira da cincha fica permanentemente amarrado, no lado oposto ao de montar cavalo.
Soga - corda de couro cru, chata, ou de fibra, de 8 a 10 metros de comprimento, para manter preso o animal, em local que possa pastar.
Sovéu - tipo de laço, grosso e forte, porém é feito de três pernas torcidas isoladas e após interligadas.
Travessão - parte da cincha, de couro cru ou sola grossa, retangular, de aproximadamente 40 por 20 cm, com argolas grandes nas extremidades.
Tronco - tipo de tesoura grande, de madeira muito forte, acoplada ao brete, para imobilizar a rês pelo pescoço ou na altura das virilhas.
Tropa - quantidade de animais (gado, porcos e até perus) em viagem.
Tropeiro - encarregado de conduzir as tropas.
Vaqueano - homem muito conhecedor de determinada coisa, especialmente regiões e estradas.
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