História
Primeiros habitantes do Rio Grande do sul:
Alguns
dos costumes mais tradicionais dos gaúchos como o churrasco e tomar chimarrão
são heranças indígenas. Os
indígenas que viviam nas terras onde hoje é o Rio Grande do Sul, antes da
chegada dos europeus, pertenciam a três grupos: os guarani, os jê e os
pampianos. Os guarani ocupavam o litoral, a parte central até a fronteira com a
Argentina, os jê habitavam parte norte junto a Santa Catarina e os pampianos se
localizavam ao sul junto do Uruguai.
Os guarani também conhecidos como
tape, arachane e carijó eram o grupo indígena mais numeroso da região.
Habitavam principalmente os vales dos rios e as margens das lagoas, onde a caça
e a pesca eram mais abundantes. Os guarani coletavam diversos tipos de
moluscos, frutos e raízes e cultivavam principalmente o milho e o aipim, mas
também plantavam feijão, abobora e batata. Suas moradias tinham uma estrutura
de madeira cobertas com fibras vegetais, em geral de base circular. Essas
habitações denominadas de ocas eram habitadas por diversas famílias com grau de
parentesco entre si. Uma aldeia, normalmente era formada por três a seis ocas.
Os guarani foram os grupos que formariam mais tarde os povos missioneiros,
catequizados pelos jesuítas espanhóis.
Os índios do grupo jê que
ocupavam o planalto Norte-Riograndense. Os kaingang que constituem a maior
parte dos indígenas que vivem hoje em terras gaúchas faziam parte desse grupo.
Os jê viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Também
praticavam a agricultura, cujo principal produto era o milho. Para se proteger
do frio moravam em casas “subterrâneas”. Eles cavavam buracos no chão, que
tinham aproximadamente dois metros de profundidade e cinco metros de largura e
protegiam esse buraco com um telhado feito de galhos de árvores cobertos por
ramos de palmeira. Os jê foram sendo expulsos de suas terras pelos brancos que
iam chegando ao território. Muitos de suas aldeias foram simplesmente
massacradas. No século XIX, os poucos jê que sobraram e que haviam sido um dia
os senhores do planalto, foram obrigados a viver em pequenas reservas.
Os pampianos, grupo formado
principalmente pelos charruas e minuanos, eram o povo indígena menos numeroso.
Viviam principalmente nos campos e em áreas com bastante água, pois nelas
haviam abundancia de recursos para a pesca e caça. Diferentemente dos guarani e
jê, os pampianos não praticavam a agricultura. Viviam da caça, da pesca e da
coleta de frutos e raízes e logo incorporaram os animais trazidos pelos
europeus à sua vida. Os cavalos eram utilizados como meio de transporte e para auxiliar
na caça. O gado bovino servia de alimento. Com a ocupação de suas terras por
portugueses e espanhóis, os pampianos foram obrigados a ir cada vez
mais para o interior. A escassez de recursos provocou a fome, e a situação se
agravou com as epidemias e as guerras. Muitos deles foram trabalhar nas
fazendas dos colonizadores europeus. Os pampianos que restaram foram
massacrados por tropas uruguaias na década de 1830.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS INDIGENAS DO RGS!!
JES
|
GUARANIS
|
PAMPEANOS
|
MORAVAM
EM BURACOAS SUBTERRANEOS TAMPADOS COM FOLHAS
|
MORAVAM EM OCAS ALONGADAS COM UMA PORTA DE
SAÍDA E UMA PORTA DE ENTRADA
|
MOARAVAM EM TENDAS COBERTAS COM COURO
|
viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e
raízes. Também praticavam a agricultura, cujo principal produto era o milho
|
Os guarani coletavam diversos tipos de moluscos, frutos e raízes e
cultivavam principalmente o milho e o aipim, mas também plantavam feijão, abobora
e batata
|
Viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes
NÃO PLANTAVAM
|
|
VACARIA DO MAR
Para os
índios permanecerem nas aldeias jesuíticas, havia uma necessidade primordial:
não faltar alimentos. Caso faltasse alimentação, os índios reduzidos
abandonavam suas reduções e voltavam a viver segundo seus hábitos, crenças e
costumes. Visando a suprir essa necessidade, o gado foi introduzido nas
reduções do Rio Grande do Sul em 1634, pelo jesuíta Cristóvão de Mendoza. O
gado também seria utilizado na agricultura e no transporte. Quando os
bandeirantes atacaram as reduções do Rio Grande do Sul, os jesuítas
transferiram o gado para o sul do rio Jacuí, hoje a campanha gaúcha.
Esse
gado, encontrando boas pastagens e águas, reproduziu-se, formando a Vacaria do
Mar, composta por rebanho de gado chamado "chimarrão". Desses
rebanhos era retirado o gado para alimentar os índios das reduções da margem
direita do rio Uruguai. Mais tarde, portugueses e espanhóis descobriram a
Vacaria do Mar e deram inicio à exploração desordenada do gado. Eram abatidos
animais para tirar couro e sebo, assim como eram retiradas tropas de gado muar
e bovino para serem vendidas em São Paulo, na feira de Sorocaba. Essas tropas,
na sua grande maioria, iriam alimentar os escravos que trabalhavam nas minas de
Minas Gerais e servir para o transporte de carga. Em 1739, não mais havia gado
nessa vacaria.
Cristovan
Pereira de Abreu Foi o primeiro tropeiro e ajudou a formar a Vacria dos
PINHAIS que era qcaminho dos topeiros e
o gado vacum solto se criou lá tmbém.
Os sete povos das missões
Fundados pelos padres jesuítas, para
garantir a posse de terra dos espanhóis naquele local e catequisar os
indígenas.
1. Missões: 1. São Francisco de Borja, 1682.
2. São Nicolau, 1687
3. São Luiz Gonzaga, 1687
4. São Miguel Arcanjo, 1687
5. São Lourenço Mártir, 1690
6. São João Batista, 1697
7. Santo Ângelo Custodio, 1706
A capital das missões eram São Miguel
Arcanjo, foi a que mais prosperou, foi em São João Batista que foi realizada a
primeira fundição de ferro do Brasil, e foi nas missões que aconteceu a
primeira Tipografia do estado. Os índios aprenderam vários ofícios como:
cerâmica e o artesanato como entalhar imagens de santos em madeira.
A
organização dos Sete Povos assemelhava-se à estrutura dos povoados espanhóis:
com uma praça central tendo em volta as diferentes edificações.
Num dos lados da praça erguia-se o complexo formado pela igreja, residência dos padres, cemitério, cotiguaçu
A praça era um espaço cívico-religioso com uma cruz latina em cada canto, tendo também uma coluna com o orago do povoado.
Aos domingos e dias santificados os nativos realizavam procissão, jogos, danças e teatros. Na saída da missa os adultos recebiam a ração diária da erva-mate. Depois da refeição noturna, a comunidade se reúne na igreja para orar. Observe a maquete para ver como eram organizadas as missões jesuíticas.
Num dos lados da praça erguia-se o complexo formado pela igreja, residência dos padres, cemitério, cotiguaçu
A praça era um espaço cívico-religioso com uma cruz latina em cada canto, tendo também uma coluna com o orago do povoado.
Aos domingos e dias santificados os nativos realizavam procissão, jogos, danças e teatros. Na saída da missa os adultos recebiam a ração diária da erva-mate. Depois da refeição noturna, a comunidade se reúne na igreja para orar. Observe a maquete para ver como eram organizadas as missões jesuíticas.
|
Identificação
dos locais na maquete das reduções:
|
Guerra Guaranítica
Começou em 1754, anos após o Tratado de
Madri ser assinado em 1750, de acordo com ele as missões seriam portuguesas e consequentemente
os índios e jesuítas seriam expulsos de lá, e isso causou revolta de indígenas
e jesuítas.
O principal líder pelo lado missioneiro,
foi o forte guerreiro indígena Sepé Tiaraju, morto dois dias antes da batalha
de Caiboaté, sendo esse um dos mais importantes combates da guerra guaranítica.
Ao morrer Sepé Tiaraju foi substistuido por Nicolau Nhengüiço.
Em 1756 depois de muitas mortes os índios
e jesuítas foram finalmente vencidos. Muitos indígenas abandonaram os sete
povos e os jesuítas foram expulsos do Brasil.
Colônia do sacramento:
A Coroa Portuguesa expressou novamente os
seus interesses em estender as fronteiras meridionais de sua colônia americana
até ao rio da Prata quando determinou ao governador e capitão-mor da capitania do Rio de
Janeiro, D. Manuel Lobo (1678-1679), que fundasse
uma fortificação na margem esquerda daquele rio. Desse modo, com o apoio dos
comerciantes do Rio de Janeiro, desejosos de consolidar os seus já expressivos
negócios com a América Espanhola, a expedição de D. Manuel Lobo aporta em Santos em fins de 1679 e alcança a bacia do Prata em Janeiro do ano seguinte. A 22 de Janeiro de 1680, as forças
portuguesas iniciaram o estabelecimento da Colônia do Santíssimo Sacramento,
fronteiro a Buenos Aires, na margem
oposta. O núcleo desse estabelecimento foi uma fortificação simples, iniciada
com planta no formato de um polígono quadrangular.
Forte Jesus maria Jose
Remonta a uma fortificação iniciada pelo engenheiro militar, brigadeiro José da Silva Paes, em 19 de Fevereiro de 1737, em área fortificada provisóriamente pelo lado da campanha
pelo coronel de ordenanças Cristóvão Pereira de
Abreu (importante criador português de gado), que o aguardava em terra, e destinava-se a servir de
alojamento à tropa de 1ª Linha da expedição. Este presídio (colônia militar),
sob a invocação de Jesus, Maria, José (Presídio
de Jesus, Maria, José), constituiu o núcleo da Colônia do Rio Grande de São Pedro (Colônia de São Pedro), fundada oficialmente em Maio
de 1737, deu origem a cidade de Rio Grande.
Revolução Farroupilha
Começou em 1835 com o descontentamento do
povo com o abandono da província pelo Império, impostos altos sobre o couro e o
charque, o alto valor cobrado nos pedágios das estradas reais e a falta de
manutenção em pontes escolas, estradas e outros lugares públicos.
Os farroupilhas deram inicio ao movimento
armado na tarde do dia 19 de setembro de1835 e atacaram a Ponte da azenha em Porto Alegre meia noite do dia 20 ,
comandados por Bento Gonçalves, Gomes Jardim e Onofre Pires, os revoltosos
invadiram a capital, o presidente da província Antonio Rodrigues Fernandes
Braga, fugiu em um embarcação até Rio Grande.
Em 11 de setembro de 1836, em uma batalha
com vitória expressiva dos farroupilhas no Arroio do Seival perto de Bagé, o
comandante da batalha do Seival, Antônio
de Souza Neto, Proclamou a REPÚBLICA RIO-GRANDENSE.
As capitais farroupilhas foram: Piratini,
Caçapava e Alegrete.
Bento Gonçalves foi preso no combate da
Ilha do Fanfa, e ficou preso no forte do mar na Bahia, até ser resgatado por
amigos de revolução que o ajudaram a chegar a Viamão. O primeiro presidente da
Republica RS foi Gomes Jardim, pois Bento estava Preso, após sua fuga ele tomou
seu lugar de direito, como presidente da República Rio-grandense, pois ganhou a
eleição, antes de ser preso.
Em 1837, Guiseppe Garibalde chega ao RS,
Bento Gonçalves o atribui a construir dois lanchões, para que os farroupilhas
pudessem se abastecer de armas e munições, Garibalde montou seu estaleiro
próximo ao rio Quamaquã, em 5 de julho de 1839, o mesmo preparou uma incrível
jornada, puxando os Lanchões com juntas de gado e tropas a cavalo até o rio
Tramandaí para atingir a Laguna dos Patos que estava com suas portas muito bem
guardada pelos imperiais como Rio Grande e São José do Norte. Garibalde entrou
no Oceano Atlântico pela Laguna dos Patos e navegou até Laguna, onde com o apoio
das tropas do general farroupilha David Canabarro, tomou a cidade, onde os
revolucionários proclamaram a REPÚBLICA CATARINENSE, em 29 de julho de 1839. O
império reagiu com a grande Batalha Naval de Laguna, acabando com a república
Catarinense em 15 de Novembro de 1839.
Com uma República desgastada em 1840 das
11 batalhas travadas contras os caramurus (imperiais), os farroupilhas só
ganharam 3, em abril desse ano a maior
batalha da guerra foi travada a BATALHA DE TAQUARI, onde mais de 10 mil homens
lutaram e não se sabe até hoje quem venceu. Com o dinheiro curto e as tropas
desgastadas em 1844 inicia-se as conversas entre Duque de Caxias (Imperiais)
e Bento Gonçalves ( Farroupilhas), para
acabar com os conflitos. Em 28 de Fevereiro de 1835, Davi Canabarro assinou o
tratado de paz de Ponche Verde, nas coxilhas
da atual cidade de Don Pedrito, e
em 1º de Março do mesmo ano, o império declarou Paz aos Farroupilhas.
Primeiros quatro municípios do Rio Grande
dos sul: Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha, Rio Pardo, e a Capital Porto Alegre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário