terça-feira, 25 de julho de 2017

História

                                                                                   História



Primeiros habitantes do Rio Grande do sul:




Alguns dos costumes mais tradicionais dos gaúchos como o churrasco e tomar chimarrão são heranças indígenas. Os indígenas que viviam nas terras onde hoje é o Rio Grande do Sul, antes da chegada dos europeus, pertenciam a três grupos: os guarani, os jê e os pampianos. Os guarani ocupavam o litoral, a parte central até a fronteira com a Argentina, os jê habitavam parte norte junto a Santa Catarina e os pampianos se localizavam ao sul junto do Uruguai.
Os guarani também conhecidos como tape, arachane e carijó eram o grupo indígena mais numeroso da região. Habitavam principalmente os vales dos rios e as margens das lagoas, onde a caça e a pesca eram mais abundantes. Os guarani coletavam diversos tipos de moluscos, frutos e raízes e cultivavam principalmente o milho e o aipim, mas também plantavam feijão, abobora e batata. Suas moradias tinham uma estrutura de madeira cobertas com fibras vegetais, em geral de base circular. Essas habitações denominadas de ocas eram habitadas por diversas famílias com grau de parentesco entre si. Uma aldeia, normalmente era formada por três a seis ocas. Os guarani foram os grupos que formariam mais tarde os povos missioneiros, catequizados pelos jesuítas espanhóis.
Os índios do grupo jê que ocupavam o planalto Norte-Riograndense. Os kaingang que constituem a maior parte dos indígenas que vivem hoje em terras gaúchas faziam parte desse grupo. Os jê viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Também praticavam a agricultura, cujo principal produto era o milho. Para se proteger do frio moravam em casas “subterrâneas”. Eles cavavam buracos no chão, que tinham aproximadamente dois metros de profundidade e cinco metros de largura e protegiam esse buraco com um telhado feito de galhos de árvores cobertos por ramos de palmeira. Os jê foram sendo expulsos de suas terras pelos brancos que iam chegando ao território. Muitos de suas aldeias foram simplesmente massacradas. No século XIX, os poucos jê que sobraram e que haviam sido um dia os senhores do planalto, foram obrigados a viver em pequenas reservas.

Os pampianos, grupo formado principalmente pelos charruas e minuanos, eram o povo indígena menos numeroso. Viviam principalmente nos campos e em áreas com bastante água, pois nelas haviam abundancia de recursos para a pesca e caça. Diferentemente dos guarani e jê, os pampianos não praticavam a agricultura. Viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes e logo incorporaram os animais trazidos pelos europeus à sua vida. Os cavalos eram utilizados como meio de transporte e para auxiliar na caça. O gado bovino servia de alimento. Com a ocupação de suas terras por portugueses e espanhóis, os pampianos foram obrigados  a ir cada vez mais para o interior. A escassez de recursos provocou a fome, e a situação se agravou com as epidemias e as guerras. Muitos deles foram trabalhar nas fazendas dos colonizadores europeus. Os pampianos que restaram foram massacrados por tropas uruguaias na década de 1830.


PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS INDIGENAS DO RGS!!

JES

GUARANIS

PAMPEANOS
 MORAVAM EM BURACOAS SUBTERRANEOS TAMPADOS COM FOLHAS
MORAVAM EM OCAS ALONGADAS COM UMA PORTA DE SAÍDA E UMA PORTA DE ENTRADA
MOARAVAM EM TENDAS COBERTAS COM COURO
viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Também praticavam a agricultura, cujo principal produto era o milho
Os guarani coletavam diversos tipos de moluscos, frutos e raízes e cultivavam principalmente o milho e o aipim, mas também plantavam feijão, abobora e batata
Viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos e raízes
NÃO PLANTAVAM


 Introdução do Gado no RS

VACARIA DO MAR
Para os índios permanecerem nas aldeias jesuíticas, havia uma necessidade primordial: não faltar alimentos. Caso faltasse alimentação, os índios reduzidos abandonavam suas reduções e voltavam a viver segundo seus hábitos, crenças e costumes. Visando a suprir essa necessidade, o gado foi introduzido nas reduções do Rio Grande do Sul em 1634, pelo jesuíta Cristóvão de Mendoza. O gado também seria utilizado na agricultura e no transporte. Quando os bandeirantes atacaram as reduções do Rio Grande do Sul, os jesuítas transferiram o gado para o sul do rio Jacuí, hoje a campanha gaúcha. 
Esse gado, encontrando boas pastagens e águas, reproduziu-se, formando a Vacaria do Mar, composta por rebanho de gado chamado "chimarrão". Desses rebanhos era retirado o gado para alimentar os índios das reduções da margem direita do rio Uruguai. Mais tarde, portugueses e espanhóis descobriram a Vacaria do Mar e deram inicio à exploração desordenada do gado. Eram abatidos animais para tirar couro e sebo, assim como eram retiradas tropas de gado muar e bovino para serem vendidas em São Paulo, na feira de Sorocaba. Essas tropas, na sua grande maioria, iriam alimentar os escravos que trabalhavam nas minas de Minas Gerais e servir para o transporte de carga. Em 1739, não mais havia gado nessa vacaria.

Cristovan Pereira de Abreu Foi o primeiro tropeiro e ajudou a formar a Vacria dos PINHAIS  que era qcaminho dos topeiros e o gado vacum solto se criou lá tmbém.

Os sete povos das missões
Fundados pelos padres jesuítas, para garantir a posse de terra dos espanhóis naquele local e catequisar os indígenas.
1.     Missões: 1. São Francisco de Borja, 1682.
2.     São Nicolau, 1687
3.     São Luiz Gonzaga, 1687
4.     São Miguel Arcanjo, 1687
5.     São Lourenço Mártir, 1690
6.     São João Batista, 1697
7.     Santo Ângelo Custodio, 1706
A capital das missões eram São Miguel Arcanjo, foi a que mais prosperou, foi em São João Batista que foi realizada a primeira fundição de ferro do Brasil, e foi nas missões que aconteceu a primeira Tipografia do estado. Os índios aprenderam vários ofícios como: cerâmica e o artesanato como entalhar imagens de santos em madeira.


A organização dos Sete Povos assemelhava-se à estrutura dos povoados espanhóis: com uma praça central tendo em volta as diferentes edificações.

Num dos lados da praça erguia-se o complexo formado pela igreja, residência dos padres, cemitério, cotiguaçu 

A praça era um espaço cívico-religioso com uma cruz latina em cada canto, tendo também uma coluna com o 
orago do povoado.

Aos domingos e dias santificados os nativos realizavam procissão, jogos, danças e teatros. Na saída da missa os adultos recebiam a ração diária da erva-mate. Depois da refeição noturna, a comunidade se reúne na igreja para orar.  Observe a maquete para ver como eram organizadas as missões jesuíticas.

Identificação dos locais na maquete das reduções:
  1. praça
  2. igreja
  3. colégio
  4. oficinas
  5. cemitério
  6. hospital
  7. habitações
  8. capela
  9. horta
  10. moinho
  11. olaria
  12. curral
  13. lavoura



Guerra Guaranítica
Começou em 1754, anos após o Tratado de Madri ser assinado em 1750, de acordo com ele as missões seriam portuguesas e consequentemente os índios e jesuítas seriam expulsos de lá, e isso causou revolta de indígenas e jesuítas.
O principal líder pelo lado missioneiro, foi o forte guerreiro indígena Sepé Tiaraju, morto dois dias antes da batalha de Caiboaté, sendo esse um dos mais importantes combates da guerra guaranítica. Ao morrer Sepé Tiaraju foi substistuido por Nicolau Nhengüiço.
Em 1756 depois de muitas mortes os índios e jesuítas foram finalmente vencidos. Muitos indígenas abandonaram os sete povos e os jesuítas foram expulsos do Brasil.





Colônia do sacramento:

A Coroa Portuguesa expressou novamente os seus interesses em estender as fronteiras meridionais de sua colônia americana até ao rio da Prata quando determinou ao governador e capitão-mor da capitania do Rio de Janeiro, D. Manuel Lobo (1678-1679), que fundasse uma fortificação na margem esquerda daquele rio. Desse modo, com o apoio dos comerciantes do Rio de Janeiro, desejosos de consolidar os seus já expressivos negócios com a América Espanhola, a expedição de D. Manuel Lobo aporta em Santos em fins de 1679 e alcança a bacia do Prata em Janeiro do ano seguinte. A 22 de Janeiro de 1680, as forças portuguesas iniciaram o estabelecimento da Colônia do Santíssimo Sacramento, fronteiro a Buenos Aires, na margem oposta. O núcleo desse estabelecimento foi uma fortificação simples, iniciada com planta no formato de um polígono quadrangular.

Forte Jesus maria Jose

Remonta a uma fortificação iniciada pelo engenheiro militar, brigadeiro José da Silva Paes, em 19 de Fevereiro de 1737, em área fortificada provisóriamente pelo lado da campanha pelo coronel de ordenanças Cristóvão Pereira de Abreu (importante criador português de gado), que o aguardava em terra, e destinava-se a servir de alojamento à tropa de 1ª Linha da expedição. Este presídio (colônia militar), sob a invocação de Jesus, Maria, José (Presídio de Jesus, Maria, José), constituiu o núcleo da Colônia do Rio Grande de São Pedro (Colônia de São Pedro), fundada oficialmente em Maio de 1737, deu origem a cidade de Rio Grande.

Revolução Farroupilha


Começou em 1835 com o descontentamento do povo com o abandono da província pelo Império, impostos altos sobre o couro e o charque, o alto valor cobrado nos pedágios das estradas reais e a falta de manutenção em pontes escolas, estradas e outros lugares públicos.
Os farroupilhas deram inicio ao movimento armado na tarde do dia 19 de setembro de1835 e atacaram a Ponte da azenha  em Porto Alegre meia noite do dia 20 , comandados por Bento Gonçalves, Gomes Jardim e Onofre Pires, os revoltosos invadiram a capital, o presidente da província Antonio Rodrigues Fernandes Braga, fugiu em um embarcação até Rio Grande.
Em 11 de setembro de 1836, em uma batalha com vitória expressiva dos farroupilhas no Arroio do Seival perto de Bagé, o comandante da batalha do Seival,  Antônio de Souza Neto, Proclamou a REPÚBLICA RIO-GRANDENSE.
As capitais farroupilhas foram: Piratini, Caçapava e Alegrete.
Bento Gonçalves foi preso no combate da Ilha do Fanfa, e ficou preso no forte do mar na Bahia, até ser resgatado por amigos de revolução que o ajudaram a chegar a Viamão. O primeiro presidente da Republica RS foi Gomes Jardim, pois Bento estava Preso, após sua fuga ele tomou seu lugar de direito, como presidente da República Rio-grandense, pois ganhou a eleição, antes de ser preso.
Em 1837, Guiseppe Garibalde chega ao RS, Bento Gonçalves o atribui a construir dois lanchões, para que os farroupilhas pudessem se abastecer de armas e munições, Garibalde montou seu estaleiro próximo ao rio Quamaquã, em 5 de julho de 1839, o mesmo preparou uma incrível jornada, puxando os Lanchões com juntas de gado e tropas a cavalo até o rio Tramandaí para atingir a Laguna dos Patos que estava com suas portas muito bem guardada pelos imperiais como Rio Grande e São José do Norte. Garibalde entrou no Oceano Atlântico pela Laguna dos Patos e navegou até Laguna, onde com o apoio das tropas do general farroupilha David Canabarro, tomou a cidade, onde os revolucionários proclamaram a REPÚBLICA CATARINENSE, em 29 de julho de 1839. O império reagiu com a grande Batalha Naval de Laguna, acabando com a república Catarinense em 15 de Novembro de 1839.
Com uma República desgastada em 1840 das 11 batalhas travadas contras os caramurus (imperiais), os farroupilhas só ganharam  3, em abril desse ano a maior batalha da guerra foi travada a BATALHA DE TAQUARI, onde mais de 10 mil homens lutaram e não se sabe até hoje quem venceu. Com o dinheiro curto e as tropas desgastadas em 1844 inicia-se as conversas entre Duque de Caxias (Imperiais) e  Bento Gonçalves ( Farroupilhas), para acabar com os conflitos. Em 28 de Fevereiro de 1835, Davi Canabarro assinou o tratado de paz de Ponche Verde, nas coxilhas  da atual cidade  de Don Pedrito, e em 1º de Março do mesmo ano, o império declarou Paz aos Farroupilhas.

Primeiros quatro municípios do Rio Grande dos sul: Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha, Rio Pardo,  e a Capital Porto Alegre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário