Bandeira Brasão e hino
A Bandeira do Estado do Rio Grande do Sul foi utilizada
pela primeira vez no dia 12 de Novembro de 1836, quando
o governo da República Rio-grandense, instalado em Piratini, baixou o decreto criando o Escudo d'armas da
República, assim entendido o pavilhão dos Farroupilhas.
A Bandeira compõe-se de três panos: verde (acima),
vermelho (no centro) e amarelo (em baixo) em tonalidades normais. Possui uma
elipse vertical em pano branco, onde está inserido o brasão. Num lenço, ao
centro do brasão, se lê a inscrição "República Rio-Grandense" e sob o
brasão, o lema "Liberdade, Igualdade, Humanidade".
A Bandeira foi oficialmente adotada pelo decreto
estadual nº 5.213, de 5 de Janeiro de 1966, sendo
governador, Ildo Meneghetti. Deve-se sua concepção ao
farroupilha Bernardo Pires, em trabalho conjunto com José Mariano de Mattos.
O brasão
de armas
As cores da bandeira se devem à bandeira do Brasil
(verde e amarelo) e a faixa vermelha que atravessa a bandeira na diagonal
significa todo o sangue gaúcho derramado tanto na Revolução que ocorreu entre a
República do Rio Grande e o Império do Brasil, quanto as demais guerras e
disputas que ocorreram na região.
O Brasão foi adotado pelo mesmo
decreto que instituiu o Hino e a Bandeira do Estado. Acredita-se que foi
desenhado originalmente pelo padre Hildebrando e em arte final pelo Major
Bernardo Pires, sendo muito semelhante ao usado na época dos farrapos. O brasão
é o mesmo que aparece no centro da bandeira estadual.
A 30 de Abril de 1838, os farroupilhas obtiveram uma de suas maiores vitórias em
todo o decênio revolucionário: a conquista da vila legalista de Rio Pardo. Em meio à euforia do
triunfo, eles se deram conta de que havia sido aprisionada a banda militar do 2º Batalhão Imperial
de Caçadores e seu respectivo maestro, Joaquim José Mendanha. Então lhe deram o encargo de compor a musica do Hino da República
Rio-Grandense. Os historiadores afirmam ter
acontecido a primeira execução em 5 de Maio de 1838.
Imigração Alemã
A colonização alemã no Rio Grande do Sul foi motivada pela necessidade de povoar o sul do Brasil,
garantindo a posse do território, ameaçada pelos vizinhos Castelhanos. Além
disso outro objetivo da busca de alemães era recrutar soldados mercenários para
reforçar o exército Brasileiro recém independente.
Em 18 de julho de 1824 chegou
a São Leopoldo em Porto Alegre a primeira leva de 39 imigrantes
alemães. Depois
de passarem pelo Rio de Janeiro, onde eram recebidos e distribuídos pelo Monsenhor Miranda. Foram então enviados para a desativada Real Feitoria do Linho Cânhamo, localizada à margem esquerda do Rio dos Sinos, onde chegaram em 25 de Julho de 1824.Estes
imigrantes eram oriundos de Hunsrück, Saxônia, Württemberg e Coburgo (Baviera).
São José do Hortêncio foi o terceiro município a
ser colonizado no estado, por volta de 1826. A seguir foram chegando outras
levas e foi tentada a criação das colônias de Três Forquilhas e Dom Pedro de Alcântara, com pouco sucesso.
Os primeiros colonos vieram de Holstein, Hamburgo, Mecklemburgo e Hanôver.
Depois, passaram a predominar os oriundos de Hunsrück e
do Palatinado. Além desses, vieram da Pomerânia, Vestfália e
de Württemberg.
Entre 1824 e 1830 entraram
no Rio Grande do Sul 5350 alemães. Por problemas políticos e depois por causa
da Revolução Farroupilha a imigração ficou
interrompida entre 1830 e 1844.
Reiniciada a imigração, entre 1844 e 1850 chegaram
mais dez mil imigrantes, e entre 1860 e 1889 outros
dez mil. Entre 1890 e 1914 chegaram
mais 17 mil alemães.
Os alemães inicialmente ocuparam o vale do Rio do
Sinos, durante a Revolução Farroupilha alguns se deslocaram para Santa Maria,
buscando se afastar dos combates. Depois de terminada a Revolução, os colonos se
espalharam fundando colônias nos vales dos rios Taquari, Pardo e Pardinho,
fundando Santa Cruz do Sul, a Colônia Santo Ângelo e a Colônia de Santa Maria do Mundo Novo. Às margens da Lagoa dos Patos fundaram São Lourenço do Sul.
Com a Proclamação da República no Brasil, as terras devolutas passaram para
os estados, assim como a responsabilidade pela colonização. No Rio Grande do
Sul, o governo positivista defendeu a imigração
espontânea e a colonização particular. Rapidamente, o planalto gaúcho foi
transformada em zona colonial, com a instalação das colônias novas de
iniciativa pública e privada, atraídas pelas possibilidades de exploração do
comércio de terras e pela obtenção de lucros fáceis[5].
A fronteira da colonização, no início do século XX
chegou ao noroeste do estado, criando Ijuí, Santa Rosa, entre outras, para logo depois atravessar o Rio
Uruguai e migrar para o oeste de Santa Catarina e Paraná, além de colônias no norte da Argentina e no Paraguai.
Passada a Segunda Guerra Mundial a quantidade de imigrantes
diminuiu muito, até se extinguir. A última colônia formada foi de um grupo de
famílias menonitas que
tendo emigrado para Santa Catarina na década de 1930,
migraram para o Rio Grande do Sul, fixando-se ao sul de Bagé entre 1949 e 1951.
Colonização Açoriana
O governo português incentivou a vinda dos casais para o
Brasil, dando dinheiro, terras, ferramentas agrícolas, sementes para o plantio
e animais (vacas, touros e cavalos). § A
partir de 1751, centenas de casais açorianos começaram a chegar ao Brasil. Participando
da formação das primeiras vilas e povoados do RS. § No início, os açorianos
fixaram-se no litoral, fundando as cidades de Torres, Mostardas, Tavares,
Osório, Santo Antônio da Patrulha, Gravataí. § Eles ocuparam também a região da Depressão
Central, onde deram início às cidades de Cachoeira do Sul, Rio Pardo, General
Câmara, Triunfo, Viamão, Taquari, Porto Alegre. § Os açorianos tiveram forte influência na
arquitetura dessas cidades.
§ Em
1752 a região onde está Porto Alegre, pertencia a Viamão. § Os casais que chegavam
desembarcavam no porto cujo nome era Porto de Dorneles, às margens do lago
Guaíba. Com a chegada dos casais o porto passou a se chamar Porto dos Casais. § O comércio na região era
intenso. Formou-se um importante povoado onde hoje é o Centro da capital. § Nas terras próximas os
açorianos cultivavam trigo e outros produtos. § Em 26/03/1772 o povoado separou-se de Viamão.
Recebeu o nome de São Francisco do Porto dos Casais. § Em 1773 o município teve seu
nome mudado e se torno capital do estado. § A
partir de 1824 começaram a chegar ao RS outros imigrantes.
Negro no rs
O negro
aparece no Rio Grande do Sul em 1725, com a frota de João Magalhães, vinda por
terra. Estes negros, certamente escravos, realizavam o serviço pesado. Porém
oficialmente a presença negra, no território gaúcho, data de 1737, quando o
Brigadeiro José da Silva Paes se estabelece na Barra erigindo o Presídio Jesus,
Maria e José, marco inicial da nossa colonização. Durante muitos anos esta
região, distante e hostil, denominada Continente, foi usada como ameaça contra
os escravos rebeldes ou preguiçosos do centro do Brasil, sendo estes enviados
para este local, considerado por eles como pior que o inferno, um autêntico
degredo na solidão verde do pampa. Assim deu-se o inicio da colonização negra
no Rio Grande do Sul, estendendo para o Prata clandestinamente.
O negro
marcou sua presença, indelevelmente, na História, na Geografia, no folclore, no
linguajar, nas artes, no esporte e na política. Na historia, há uma notável
participação dos negros durante a Guerra dos Farrapos e na Guerra do Paraguai,
nesta ultima lutaram substituindo o sinhozinho branco e que, após a vitória, se
recusaram a voltar para o Rio Grande. Na Geografia são muitos os topônimos de
origem negra no mapa gaúcho, inclusive alguns com o nome de quilombos. No
folclore, algumas lendas falam de escravos entre nós: As Torres Malditas,
Cambai, Santa Josefa e o Negrinho do Pastoreio. No linguajar, são correntes
termos como: caiambola, cacimba, mondongo, mocotó. Nas artes são inúmeras as
influências de elementos negros, como o maior tambor brasileiro atualmente, o
“sopapo”. Artistas negros marcaram a cultura brasileira como Lupicínio
Rodrigues, e o ator Breno Mello, o inesquecível Orfeu Negro do cinema.
No
esporte bastaria a simples menção ao nome do tricampeão Everaldo e, antes dele,
o grande Tesourinha, entre muitos outros mais recentes. Na política, o grande
nome é do Deputado Carlos Santos, de notável atuação parlamentar durante um
quarto de século. Na culinária gaúcha brasileira, três pratos têm etiologia
negra: o mocotó, a feijoada e o quibebe. Mas é na religiosidade popular que se
encontra a cultura negra mais decisivamente. Desde o século passado, nota-se a
existência de cultos negros em Porto Alegre com terreiros de batuque, que se
proliferaram e hoje somam mais de 50.000 casas de Batuque em todo o Estado.
Colonização Italiana
A partir de 1875,
chegaram os primeiros grupos. Em 25 de maio deste ano desembarcavam as famílias
de Stefano Crippa, Luigi Sperafico e Tomazzo Radaelli que subiram a serra,
abrindo caminho a facão e se instalaram na Colônia de Nova Milano (hoje Farroupilha), batizando assim o local em homenagem à sua terra
de origem (Milão). Pouco tempo depois, ainda em 1875,
vindos de Piemonte e Lombardia,
e depois do Vêneto, e se instalaram nas colônias Conde d'Eu (atualmente a cidade
de Garibaldi), Dona Isabel (atualmente a cidade de Bento Gonçalves) e
Caxias. Ali eles passaram a viver da plantação
de milho, trigo e
outros produtos agrícolas; porém, a introdução do cultivo de vinho na
região tornou a vinicultura a principal economia dos colonos italianos.
De 1875 a 1914, entre
80 a 100 mil italianos foram introduzidos no Rio Grande do Sul.A colonização italiana foi efetuada no
planalto ao norte, pois as terras baixas já estavam ocupadas pelos alemães. No
decorrer do século XX, houve grandes migrações dentro do estado do Rio Grande do Sul. Muitas
famílias italianas abandonaram as serras e se espalharam por todo o estado.
No alto das serras sulistas nasceu um Brasil
peculiar. Os índios que habitavam a região
foram expulsos de suas terras para dar espaço à chegada dos italianos. Ali, os
imigrantes criaram vilarejos que remetem àqueles
encontrados no norte da Itália. Nas regiões altas do Sul,
surgiu um Brasil com influência italiana.
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